Terremoto de 8,8 graus arrasa região Centro-Sul do Chile
Natasha Pitts *
No último sábado (27), mais um terremoto de grande magnitude provocou perdas humanas e materiais. O tremor de 8,8 graus na escala Richter deixou 711 pessoas mortas e cerca de dois milhões de danificados no Chile. Após a reação popular de saquear lojas e supermercados pela ausência de rápida ajuda do Governo, a presidente chilena Michelle Bachelet decretou "estado de catástrofe" durante 30 dias na região de Maule e na província de Concepción.
Dezenas de prédios, entre eles casas, hospitais e escolas, vieram abaixo. Também foi registrada a queda de um presídio, fato que permitiu a fuga de cerca de 50 detentos. Exército, polícia, bombeiros e voluntários estão nas ruas para resgatar possíveis sobreviventes e tentar conter os ânimos da população.
"O passar das horas permitiu-nos demonstrar que estamos ante uma catástrofe de magnitude impensada, que provocou danos que vão requerer gigantescos esforços mancomunados de todos os setores do país, privados e públicos, não só agora, senão por um tempo bastante importante por diante", disse Bachelet.
A presidente também afirmou que, junto a grandes cadeias de supermercados, está organizando a entrega gratuita de mantimentos de primeira necessidade nas regiões de Maule, BioBío e algunos setores de La Araucanía. A entrega será feita de forma ordenada nos lugares em que as autoridades locais dispuserem.
A determinação da presidente de decretar o estado de catástrofe trás diversas implicações, sobretudo para a população. De acordo com a Constituição do Chile, durante o estado de catástrofe as decisões são tomadas pelas Forças Armadas e a democracia civil pode ser suspensa até que seja restabelecida a normalidade nas zonas afetadas. O que implica, inclusive, na suspensão da liberdade de locomoção e reunião.
No momento, nas regiões mais afetadas está implantado um toque de recolher. Em Concepción, o exército chileno vigia as ruas para que a população não saia de casa no intervalo que vai das 21h até as 6h. Os que não estão respeitando o toque de recolher e o "estado de catástrofe" estão sendo detidos pelos militares.
Mesmo com o registro de 160 pessoas detidas desde o sábado até o momento, o subsecretário do Interior afirmou que não foram registradas situações de alteração significativa em nenhuma parte. "Percorri até tarde diferentes pontos da cidade de Concepción e apreciava-se que a população colaborou e entendeu o sentido da medida que se adotou ontem", relatou Patricio Rosende à 123 CL.
Diversas organizações do país já estão se mobilizando para dizer ‘não’ ao estado de catástrofe e ao toque de recolher. A medida, segundo declaração da Liga Operária do Chile, se sustenta apenas para "proteger a segurança da classe patronal ante os focos de saqueio cada vez mais evidentes". Entidades estudantis, de mulheres, de trabalhadores, entre outras estão fortalecendo esta reivindicação e pedindo também a retirada do poder das mãos das Forças Armas e de sua patrulha das ruas.
Indígenas cobram atenção
As comunidades indígenas localizadas nas proximidades de Concepción também sofreram fortemente os efeitos do terremoto. Apesar não haver o registro de vítimas fatais entre os indígenas, sobretudo na Comunidade Autônoma Juan Quintremil muitos perderam suas casas e objetos pessoais e estão apenas com a roupa do corpo.
Mediante esta situação, os líderes mapuche exigem do Governo atenção econômica imediata, em especial para as populações mais afetadas e as regiões mais empobrecidas.
Concepción está entre as quatro províncias que constituem a região de Biobío, e se encontra no centro sul do Chile, parte mais afetada pelo terremoto. A cidade tem relevância econômica por sediar o mais importante pólo industrial do país. Também concentra a maior parte da população regional e reúne todas as comunidades que formam a Gran Concepción.
Segundo informações da agência de notícia Servindi, o terremoto do último sábado foi o segundo mais forte da história do Chile. Em 1960, a cidade de Valdivia foi devastada por um tremor de magnitude 9,6 na escala Richter.
* Jornalista da Adital- www.adital.com.br
Lutar pela Liberdade dos Cinco Heroís Cubanos prisioneiros do Império Norte Americano por Defenderem a Soberania de Cuba. Em 1959 em Serra Maestra a Revolução Vitóriosa inaugura o Socialismo na Ilha, promovendo para seu Povo Igualdade de Oportunidade. Nossos Cinco Heroís Cubanos mesmo sofrendo nos presídios do Império continuam lutando por Cuba Socialista. Viva nossos Heroís, Viva Cuba,Viva Revolução e Viva o Socialismo
segunda-feira, 1 de março de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Pequenos colombianos, vitimas
Seguidores
Arquivo do blog
-
▼
2010
(62)
-
▼
março
(14)
- Eles tem mêdo de que ?
- Hugo Chaves recebe Manuel Zelaya
- Local de Tortura vira Centro Cultural - Argentina
- Formando Seres Humanos válidos
- Trabalhadores do México, em luta por melhores cond...
- Nenhuma delas é cubana !
- Haitianos, continuam em desespero
- Nossa Pátria é a América - Viva a América Latina e...
- Destino final de Battisti, fica para sucessor de ...
- Mulheres, vamos dar o troco
- Chaves é pedreira nos sapatos deles
- Natureza castiga o Chile e os chilenos
- Lágrimas e Dor de Uma Criança Palestina- Poema
- Sem Direito de Morar
-
▼
março
(14)
Nenhum comentário:
Postar um comentário