terça-feira, 24 de março de 2009

Preservando a Revolução Vitoriosa


O socialismo, em Cuba, é irrevogável





Na quarta parte da série de matérias sobre os 50 anos da Revolução Cubana, moradores da ilha fazem críticas e ponderações sobre os problemas internos do país, mas afastam possibilidade de retorno ao capitalismo Da Baía dos Porcos, a distância até Jagüey Grande, à beira da Rodovia Central, não é grande. Uma estreita estrada esburacada, de uns 50 ou 60 quilômetros, separa os dois locais. Mas não são os defeitos no asfalto que mais chamam a atenção. Assim como em quase todos os cruzamentos e acostamentos, dezenas e pessoas pedem carona. (Em Cuba, essa prática é institucionalizada). Uma delas é uma jovem na faixa dos 25 anos, que sobe ao carro na companhia de uma amiga. Cubana de nascimento, já não mora na ilha caribenha há sete anos, desde que mudou para Paris com seu marido francês. De férias, veio a seu país de origem para visitar a família. Perguntada sobre o que acha da Revolução e do governo, não demora a fazer críticas. Lamenta as restrições às viagens para o exterior, as proibições de hospedagem a estrangeiros, a falta de possibilidades para a abertura para pequenos negócios. (Leia mais na edição 315 do Brasil de Fato) A solução, então, é o capitalismo? “Não, de jeito nenhum!”, exclama. Em Cuba, o fim do socialismo está fora de cogitação. Pelo menos essa é a impressão que fica ao se viajar pelo país, andar pelas ruas, falar com o povo. “Muita gente sai do país achando que será melhor, mas, quando saímos, vemos que não é assim. Aqui não tem crianças na rua, todo mundo tem saúde. Só acho que tem que melhorar algumas coisas”, se explica a jovem, que trabalha como garçonete na capital da França. Orgulho Apesar das muitas ponderações sobre os problemas internos, a mudança do sistema político e social não entra na conversa. Nas bocas da população, a Revolução é sinônimo de independência, dignidade e, sobretudo, justiça social. E as cubanas e cubanos se orgulham disso. A ocasião da comemoração dos 50 anos da Revolução é ideal para comprovar tal sentimento. Durante o período entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, podia-se ver, nas fachadas de muitas casas e estabelecimentos, bandeiras de Cuba, do Movimento 26 de Julho (criado por Fidel Castro antes do triunfo), faixas e cartazes lembrando a data. Muitos dos prédios ornamentados, é verdade, eram hotéis, restaurantes e ministérios estatais. Mas pessoas “comuns” também faziam questão de mostrar que estão com a Revolução. Em suas residências, cartazes simples, de papelão, pintados com singelas inscrições, recordavam o cinquentenário da definitiva vitória rebelde sobre as forças do ex-ditador Fulgencio Batista. O orgulho, porém, se mostra mesmo nas palavras. “Aqui não se paga pela educação, nem pela saúde. Quem precisa de uma cirurgia, de um atendimento médico, é só ir no hospital. Os remédios custam quase nada, têm um preço irrisório”, conta uma moradora de Bayamo, no oriente de Cuba, após se gabar de que seu país, ao contrário do Brasil, não sentiria os efeitos da crise econômica mundial: “aqui não!”. “Irrevogável” Talvez a demonstração mais contundente, até hoje, do apoio popular ao socialismo em Cuba foi dada em 2002, após o ex-presidente estadunidense, George W. Bush, “exigir” mudanças no sistema político cubano. Entre os dias 15 e 18 de junho, mais de oito milhões de pessoas (de uma população de cerca de 11 milhões), atendendo ao chamado de organizações sociais, firmaram um abaixo-assinado pedindo uma reforma constitucional que estabelecesse, na Carta Magna, o caráter “permanente” e “irrevogável” do socialismo e do modelo político e social do país. Assim, após a aprovação da alteração na Assembléia Nacional, o novo artigo 3 da Constituição reforçava: “O socialismo e o sistema político e social revolucionário estabelecido nesta Constituição, testado por anos de heróica resistência diante das agressões de todo tipo e da guerra econômica dos governos da potência imperialista mais poderosa que já existiu e, havendo demonstrado sua capacidade de transformar o país e criar uma sociedade inteiramente nova e justa, é irrevogável, e Cuba nunca mais voltará ao capitalismo”. Poder popular O socialismo cubano, na prática, havia sido paulatinamente implementado desde o triunfo da Revolução, em 1959. No entanto, foi só a partir de fevereiro de 1976 que o sistema político ganhou caráter oficial, com a promulgação da nova Constituição do país, que foi aprovada pelo voto livre, direto e secreto de 97,7% dos eleitores. A partir daí, consolidava-se um Estado Socialista de Direito. Entre os pontos, estavam a instituição de um sistema de poder popular, como a nominação direta, pelo povo, de candidatos às eleições, a revogação de cargos e a rendição de contas aos eleitores; grandes prerrogativas legais para o Conselho de Ministros e de Estado; protagonismo do Estado no sistema político do país, com estrutura centralizada de direção; reconhecimento do Partido Comunista Cubano (PCC) como a força dirigente do Estado e da sociedade; propriedade estatal de tudo que não fosse pessoal, de pequeno produtor, de cooperativas ou de organizações sociais; e a unidade de poder e o centralismo democrático. Em 1992, após a queda da União Soviética (URSS), o fim do suporte econômico e a entrada no chamado Período Especial, Cuba, vendo-se diante de uma situação bastante difícil, realizou uma ampla reforma em sua Constituição. Entre as modificações, figuraram a permissão do investimento estrangeiro; a limitação da propriedade estatal aos meios fundamentais de produção, permitindo, na prática, a propriedade privada sobre estes; e o estabelecimento de eleições diretas para as assembléias provinciais e nacional. A idéia, com a reforma, era conceder mais poder aos cidadãos: ampliação das eleições diretas de juízes e a criação dos Conselhos Populares, entre outras medidas. Transformação “Meu nome é Guadalupe, mas todos me chamam de Lupita”. Sorriso e maquiagem no rosto, brincos, colar e pulseiras, Lupita recebe os hóspedes com amabilidade. Mostra os quartos numa área anexa de sua casa, explica o funcionamento do chuveiro, pede os passaportes e, em seguida, volta oferecendo cerveja em lata. Negra, aparentando uns 60 anos, mora com o marido, o filho e uma irmã. Seu canto, em Santiago de Cuba, é simples, mas bem decorado. Artesanatos, fotos, panos, flores... O olhar do visitante, viciado com a dura realidade brasileira, já conclui: família simples, de pouca instrução. No dia seguinte, a impressão se desfaz nas primeiras palavras de Lupita: “Dáli, minha irmã, é médica-ginecologista. Luis, meu filho, estuda Direito”. Em seguida, “provocados”, todos começam a falar sobre os mais variados temas, nacionais e internacionais: democracia, embargo estadunidense, União Soviética, economia, Equador, Obama, Lula... “Se não fosse a Revolução, não estaríamos conversando agora. Não teríamos como pagar os estudos de minha irmã e meu filho. Seria muito custoso. Poderíamos até ter profissão, mas não haveria emprego”, sentencia Lupita. Sua vida e a de seus familiares, assim como a de milhões de cubanos, mudou após o triunfo da Revolução, em 1959. Se os rebeldes não tivessem chegado ao poder, provavelmente ela e seus parentes não teriam o nível de vida que possuem hoje. Com o novo sistema político, Cuba conquistou níveis de universalização e qualidade no que se refere ao acesso à educação e à saúde, pilares da política social do regime, juntamente com a seguridade social. “Hoje, não tem ninguém desamparado. O pouquinho que há, se reparte entre todos. Se você fica doente, vai ao médico e não custa nada. Se não existisse o bloqueio econômico, estaríamos muito melhor. Hoje, mesmo com todos os ciclones, não falta nada a ninguém”, afirma Pedro Luis Sánchez, ex-carvoeiro de Playa Las Coloradas, no oriente cubano.

Texto: Igor Ojeda e Tatiana Merlino/enviados a Cuba/Brasi / Postado em 12/03/2009 ás 22:05

Extraido do jornal eletronico: Patria Latina

segunda-feira, 16 de março de 2009

Palestra Unificada


A Casa da América Latina
Estará realizando em parceria com o Clube de Engenharia uma especial Palestra, sobre a Nova Constituíção da Bolívia e o Referendo na Venezuela com a victoria do Sín.
Palestrantes: Sra. Shirley Orozco- Consul Geral no Rio de Janeiro da Bolívia
Sr. Edgard Gonzalez- Consul Geral no Rio de Janeiro da Venezuela

Local: Clube de Engenharia- Av. Rio Branco 124/ 20 ANDAR- Centro
Horário: 18:30hs.
Dia: 18 de março (quarta-feira)

quarta-feira, 11 de março de 2009

Bolívia: Fazendo sua história

O MAS (Movimento al Socialismo)

Tornou-se um eficiente instrumento de alargamento do processo Democrático,indo além das formas tradicionais e limitadas da democracia liberal.
O Plebiscito sobre a Nova Constituíção política no país andino, onde s formou uma frente nacional,popular e antiimperialista, saiu vitóriosa dessa forma deu visibilidade concreta a populaçõ da região que a anos reivindicava direitos,igualdade,soberania e justiça social.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Entrega de Medalha para os Cinco Heroís Cubanos

O Grupo Tortura Nunca Mais selecionou Os Cinco Heroís Cubanos para receberem a Medalha Chico Mendes nesse ano de 2009. Merecidamente pois esses homens a 11 anos aprisionados pelo Império do Norte, continuan Convictos nos seus Ideais,Firmes como Patriotas e Esperançosos que a Verdade se fará Presente.
A Entrega da Medalha será no dia 01 de Abril, as 18hs.
Local: IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Socias).Largo de São Francisco-Centro-RJ.
A Diplomacia Cubana no Brasil,estará recebendo a Medalha pelos Cinco

terça-feira, 3 de março de 2009

Reflexos de Fidel

REFLEXÕES DE FIDEL
O canto do cisne dos ricos

OS oligarcas chilenos se rasgaram as vestes com a visita da presidenta Michelle Bachelet a Cuba.

O subsecretário das Relações Exteriores do Chile, Alberto van Klaveren declarou que na Reflexão do dia 12 de fevereiro, foram emitidas ideias estritamente particulares. É verdade, visto que não têm outro caráter.

Recebi com todo o respeito a chefa de Estado chilena. Não empreguei uma só palavra que ofendesse a ilustre visitante. Careceria de senso comum. Considerava que era um dever elementar, embora para mim fosse um esforço adicional, pois tive que dedicar horas a conversar e a escrever depois sobre o encontro.

Escolhi várias fotos tiradas por um colaborador de quando fui chefe do Estado e coloquei-as nas mãos dela para que decidisse o quê fazer com elas. Eu não fiz uso algum delas.

Por que tanto alvoroço oligárquico em relação ao encontro?

Por que se afirma que minhas palavras constituem "uma interpretação histórica sobre temas que estão bem atrás na história" como informa a agência ANSA?

Não tenho outro compromisso a não ser com a verdade histórica, e a história confirma que o Libertador da América, Simón Bolívar, ao proclamar a independência da Bolívia, destinou uma ampla faixa da costa pacífica da América do Sul entre os paralelos 22 e 23. Também corrobora que o deserto de Atacama foi incluído no território da nascente Bolívia, quando da vitória sobre o império espanhol.

O guano, o nitrato, o cobre e outros valiosos minerais descobertos depois estavam incluídos nesse território. Fui bastante moderado ao afirmar que não se sabia se esses minerais eram chilenos ou bolivianos, foi uma forma diplomática de expressar as realidades, pensando que, afinal de contas, Bolívar concebia uma América Latina unida, maior por sua concepção do que por suas riquezas.

Contudo, nada pode restar brilho e transcendência ao momento histórico que significará depois de amanhã a aprovação ou a rejeição da Emenda Constitucional na Venezuela.

Por meu lado, sempre serei fiel ao histórico povo que sacrificou tantas vidas a partir de 11 de setembro de 1973, defendendo as ideias imortais do presidente Salvador Allende e repudiarei até o último alento de minha vida a política arteira de Augusto Pinochet. Poderão dizer o mesmo a oligarquia chilena e os burocratas que desejam limpá-la de toda responsabilidade?

Fidel Castro Ruz

13 de fevereiro de 2009

Pequenos colombianos, vitimas

Pequenos colombianos, vitimas
O Mercado, não vê indigência

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