sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Poema pra Marighella

Homenagem a esse brasileiro que morreu na Luta por um mundo melhor

Em seu enterro não havia velas:
Como acendê-las, sem a luz do dia

Em seu enterro não havia flores:
Onde colhê-las, nessa manhã fria?

Em seu enterro não havia povo:
Como encontra-los, nessa rua vazia

Em seu enterro não havia gestos:
Parada inerte minha mão jazia

Em seu enterro não havia vozes:
Sob a censura estavam as salmodias

Mas a Luz, e a Flor,e Povo, e Canto:
Responderão " Presente", chegada a primavera mesmo que tardia.

Ana Montenegro - Berlim, outono 1969

Pequenos colombianos, vitimas

Pequenos colombianos, vitimas
O Mercado, não vê indigência

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