domingo, 7 de março de 2010

Nossa Pátria é a América - Viva a América Latina e o Caribe

Nossa Pátria é a América(Comunicado das FARC)


O fato já consumado pela oligarquia vende-pátria, liderada pelo narcoparamilitar Álvaro Uribe, de converter a Colômbia numa base militar estadunidense, confirma outra vez o que, em seu momento, vislumbrou Simón Bolívar, quando em 05 de agosto de 1829, escrevia: "os Estados Unidos parecem destinados pela providência para infestar a América de miséria em nome da Liberdade".

Trata-se de converter a Colômbia em ponta-de-lança da estratégia do "amo do Norte", para impedir que processos sociais como o Venezuelano, que marcham para a realização do projeto Bolivariano de Soberania e Integração Latino-americana, que pode garantir aos nossos povos a "maior soma de felicidade possível", se convertam em realidade.

A situação é grave. O objetivo é evitar que a liderança e o povo venezuelano continuem a senda que deixaram assinalada nossos Libertadores. Esta oligarquia não suporta perder seus privilégios e nem admite que este exemplo se espalhe por toda a América. Para atingir seus objetivos oligárquicos, recorrem à calúnia, aos massacres executados por paramilitares, gerando o terror, confusão e desesperança; à espionagem descarada e a tentativa de confundir os povos através de uma intensa campanha midiática, cultivando um falso nacionalismo e um descarado chauvinismo.

Com tudo isso, o império está criando as condições para que a "tarefa" seja resolvida pela Colômbia, apoiado numa classe dirigente vassala disposta a servir ao amo estrangeiro para manter seus privilégios. Por isso, a confrontação com a qual nos ameaçaram não é entre Colômbia e Venezuela, mas entre as oligarquias que detém o poder fazendo até o impossível para mantê-lo e os povos de nossa América que estamos obrigados a dar uma resposta acertada, fraterna, internacionalista e desprovida de chauvinismo.

Convocamos os habitantes de ambos os lados da fronteira à conformação de comitês antiimperialistas que se convertam em muros impenetráveis onde se anulem as ambições imperialistas e se fortaleçam os laços fraternos e bolivarianos entre nossos povos.

A Pátria se respeita, fora ianques da Colômbia!



Secretariado do EMC FARC - EP

Montanhas da Colômbia, novembro de 2009

Fonte: Secretaria Geral do PCB

sexta-feira, 5 de março de 2010

Destino final de Battisti, fica para sucessor de Lula

Justiça Federal condena Battisti a dois anos de prisão por passaporte falso



A 2ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou o ex-ativista italiano Cesare Battisti a dois anos de prisão por ter entrado no país com passaporte falso. A pena foi convertida para o regime aberto. Ele ainda pode recorrer da condenação, que ocorreu no fim do mês passado. Battisti aguarda uma decisão do presidente da República sobre a sua extradição, como foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal.


Segundo o Ministério da Justiça, com a condenção, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode decidir por deixar que Battisti cumpra no Brasil a pena que envolve serviços comunitários e o pagamento de multa de dez salários mínimos (R$ 5,1 mil) para só então ordenar a extradição do ex-ativista para a Itália. Como o mandato de Lula termina no dia 31 de dezembro, o impasse sobre extraditar ou não Battisti para a Itália seria do seu sucessor.

Entendimento semelhante do Supremo Tribunal Federal (STF) estabelece, inclusive, que a permanência do estrangeiro no país para o cumprimento de penas é a regra. Exceção seria entregar Battisti ao governo estrangeiro, medida que aconteceu, por exemplo, no caso do traficante colombiano Juan Carlos Abadia.

Refúgio

Membro do grupo Proletários Armados para o Comunismo (PAC), Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália pela suposta autoria de quatro assassinatos na década de 1970. A defesa nega o envolvimento do ex-ativista em assassinatos e acusa o governo italiano de perseguição política. Ele foi preso no Rio de Janeiro em 2007. Em janeiro de 2009, o ministro da Justiça Tarso Genro concedeu refúgio ao ex-ativista, sob o argumento de "fundado temor de perseguição”.

No dia 19 de novembro de 2009, o STF autorizou a extradição de Battisti para a Itália, revogando a decisão de Genro, depois de sucessivos movimentos diplomáticos da Itália para pressionar o Brasil a entregar o ex-ativista. Por 5 votos a 4, os ministros do STF entenderam que o refúgio concedido pelo governo brasileiro a Battisti foi irregular. Os magistrados consideraram que Battisti não era um perseguido político e por isso não teria direito ao refúgio. Mas decidiram deixar a palavra final sobre a extradição do ex-ativista com o presidente.

Sem previsão
Battisti está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde aguarda a conclusão do processo de extradição. O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, o ministro Marco Aurélio Garcia relata não haver previsão para o caso Battisti ser analisado por Lula: “Essa é uma decisão que seguirá o seu curso normal. Mas não há previsão de desfecho.”

Em seu despacho, assinado no dia 25 de fevereiro, o juiz federal substituto Rodolfo Kronemberg Hartmann decidiu que os antecedentes de Battisti na Itália não teriam influência sobre a pena pelo uso de passaporte falso no Brasil. “Não há informações nos autos sobre antecedentes criminais do réu no Brasil. O acusado foi preso no Brasil em razão de pedido de extradição do governo italiano, pois fora condenado em seu país a pena de prisão perpétua. Contudo, deixo de aumentar a pena-base por este motivo”, anotou o juiz. A decisão também faz com que o tempo servido até aqui na prisão de Brasília pelo ex-ativista não conte para a Justiça brasileira.

O G1 entrou em contato com o escritório do advogado de Battisti, Luiz Eduardo Greenhalgh, e ainda aguarda retorno.



Fonte: Jornal Noroeste Ceara - online

Mulheres, vamos dar o troco

Mulheres: Mais educadas do que eles, mas não mais iguais


Por Mario Osava, da IPS

04-Mar-2010

Rio de Janeiro, 2/3/2010 (IPS/TerraViva) – A escolaridade feminina avançou em todo o mundo, e em muitos países as meninas e as moças estudam mais e melhor do que os homens há décadas. Mas isso está longe de se traduzir em equidade no trabalho, na política e nas relações sociais.

No Brasil, por exemplo, 53,3% dos que entraram na universidade em 2007 eram mulheres. Essa proporção quase sempre foi superior a 55% nos últimos 15 anos. E a participação aumenta em mais de cinco pontos percentuais entre os que concluem cada curso, o que confirma que elas são melhores estudantes.

As mulheres são maioria em todos os níveis de ensino e sua escolaridade supera em mais de um ano a masculina. Porém, seus salários são 30% inferiores aos dos homens na mesma função, e elas ocupam apenas 56 das 594 cadeiras do Congresso Nacional.

Nas Filipinas, onde há muito as mulheres alfabetizadas são mais do que os homens, 17,8% delas se graduam na universidade, contra 8,2% dos homens, segundo a Comissão Nacional sobre o Papel da Mulher.

Mas as filipinas se concentram em carreiras como educação e saúde, e ficam fora das de engenharia e direito, áreas dominadas em mais de 80% por homens.

Também na África do Sul elas são maioria nas universidades, embora não em carreiras de tradição masculina, como engenharia. E tampouco ocupam posteriormente muitos cargos de direção.

No Chile, as mulheres também superam os homens em educação, segundo o governamental Índice de Iniquidade Territorial de Gênero 2009, que considera o analfabetismo, anos de escolaridade e cobertura do ensino básico e médio.

Porém, as chilenas perdem em participação trabalhista, com 42%, e seu nível salarial é 30% inferior ao de seus colegas homens.

“A educação sozinha não faz milagres”, pois mudar valores é mais complexo e “enquanto não houver creches para todas as famílias, não haverá mudanças estruturais na participação feminina no mercado de trabalho”, disse Fulvia Rosemberg, pesquisadora da brasileira Fundação Carlos Chagas, ao lançar um olhar sobre a desigualdade de oportunidades entre os gêneros.

O Brasil vale como exemplo. Apenas 18% dos meninos de zero a três anos frequentam creches, disse ao TerraViva. Além disso, em geral as escolas recebem as crianças por apenas meio período, impondo tripla jornada de trabalho às mulheres, privando-as de “condições comparáveis” às dos homens, afirmou a também professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

A isso se soma o mesmo ensino. O currículo, os livros e a forma de educar reproduzem preconceitos que desvalorizam o papel feminino, o confinam no lar, a trabalhos e carreiras pouco valorizadas, acrescentou. Na universidade, a maioria das mulheres escolhe as ciências humanas e os homens as áreas de exatas e tecnológicas.

A escolaridade feminina progrediu rapidamente, mas as mudanças culturais são lentas e as institucionais ainda mais, disse Moema Viezzer, socióloga fundadora da Rede de Educação Popular entre Mulheres da América Latina e do Caribe, cuja campanha por uma educação não sexista acontece, há 29 anos, todo dia 21 de junho.

Foram necessárias décadas de luta do movimento antes da admissão de mulheres no governo e no Supremo Tribunal brasileiro. A VI Conferência Mundial sobre a Mulher, de 1995, em Pequim, representou “um salto quantitativo”, ao impulsionar políticas públicas, com o Estado assumindo programas antes limitados a organizações não governamentais, disse Viezzer.

Desde ontem e até o dia 12 deste mês acontece, na sede da Organização das Nações Unidas em Nova York, a conferência da Comissão da Condição Jurídica e Social da Mulher, para avaliar o cumprimento dos compromissos assumidos há 15 anos. O acesso das mulheres a todos os níveis educacionais foi uma das 12 prioridades da Plataforma de Ação de Pequim.

Além de um ensino com enfoque de gênero adequado, são necessárias muitas ações afirmativas e uma educação popular para a igualdade de gênero, defendeu Viezzer.

A melhor escolaridade feminina se impõe onde conta o esforço pessoal e a capacidade, mas não quando entram em jogo relações, negociações, a promoção por recomendação de chefes, disse Schuma Schumacher, coordenadora da não governamental Rede de Desenvolvimento Humano do Brasil.

Um quadro pior na África

No plano mundial, a porcentagem de meninas sem instrução caiu de 58% para 54% entre 1999 e 2007, segundo o Informe de Acompanhamento da Educação para Todos no Mundo 2010. Isto é, o acesso feminino no ensino primário continua abaixo do masculino.

Na África subsaariana havia 89 meninas para cada cem meninos na escola primária em 2006, segundo o Informe dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A situação é pior no ensino secundário, onde as adolescentes caem para 80 para cada cem. No conjunto do ensino, elas constituem 55% das excluídas.

A realidade subsaariana, de muita pobreza, fome, guerras e epidemia de síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids), trava a escolaridade e fomenta a deserção escolar, especialmente de meninas, disse a sul-africana Muleya Mwananyanda, coordenadora da Semana de Ação da Campanha Mundial pela Educação.

Estima-se que 12 milhões de meninas nunca irão à escola, contra sete milhões de meninos. As atitudes estão mudando lentamente nessa parte do mundo. Ainda se vê “com suspeita a educação feminina, sobretudo nas comunidades onde o modelo patriarcal corre risco de se desbaratar”, disse Mwananyanda.

Mas há razões para otimismo, se considerarmos o efeito multiplicador. “Uma mulher me disse assim ‘educar uma menina é educar uma aldeia inteira’, pois as mulheres instruídas enviarão suas filhas para a escola”, afirmou.

Dezessete dos 41 países subsaarianos estudados no informe da Educação para Todos alcançaram a igualdade de meninas e meninos na escola primária.

Exceções

Essa região africana vai contra a corrente da tendência mundial. Na América Latina e no Caribe havia 107 meninas para cem meninos na escola secundária em 2006, enquanto na Ásia oriental e no sudeste asiático a proporção era de 101 e 102 para cem, respectivamente, superando inclusive a paridade das regiões do Norte industrial.

Entretanto, no segundo maior país latino-americano, o México, perderam força as políticas educacionais com perspectiva de gênero, impulsionadas a partir de Pequim.

Um avanço em matrícula e presença escolar produziu uma “equiparação de matrícula entre homens e mulheres” e atenção para os temas de educação profissional, pós-graduação e eliminação de estereótipos, disse ao TerraViva Clara Jusidman, presidente da não governamental Iniciativa Cidadã e Desenvolvimento Social.

Entretanto, desde 2000, quando chegou ao poder o conservador Partido Ação Nacional, primeiro com Vicente Fox e desde 2006 com Felipe Calderón, a educação retomou os antigos valores e estereótipos nos papeis dos homens e das mulheres.

Ainda em pleno século XXI, “há Estados mexicanos governados por conservadores que não permitem livros com texto contendo informação sobre educação sexual e direitos reprodutivos”, disse Jusidman.

Educação machista dada por mulheres

Em todo o mundo as educadoras são maioria. Mas isso não evita que o ensino tenha um caráter sexista, pró-masculino e discriminador difícil de corrigir, segundo as mulheres organizadas.

O machismo sobressai nos livros didáticos, onde personagens femininas, minoritárias e secundárias, aparecem mais no contexto familiar, em trabalhos domésticos, como seres passivos e servis, contrastando com os masculinos ativos, autônomos e criativos.

As autoridades educacionais das Filipinas ofereceram treinamento em gênero para autores e editores de livros escolares, quando um Comitê das Nações Unidas condenou, em 1997, os estereótipos em textos e materiais de instrução que reforçam a imagem de subordinação feminina.

Mas essas iniciativas ficaram na fase-piloto, e faltam políticas para integrar a igualdade de gênero aos programas educacionais desde o jardim da infância, disse a professora Aurora de Deus, diretora do Instituto de Mulheres e Gênero, de Manila.

”O lugar da mulher é a cozinha” soa muito antigo, mas é um preconceito que persiste na sociedade como um dos fatores que faz “o mundo do poder e do domínio ser quase essencialmente masculino”, disse a brasileira Vera Vieira, da Rede Mulher de Educação. São visões reafirmadas pelos livros infantis.

No Chile, os textos escolares têm enfoque de gênero desde 2008. “Houve uma intervenção na linguagem, tornando visíveis ‘meninas’ e ‘meninos’, e as imagens, evitando figuras estereotipadas como mulheres fazendo trabalho doméstico”, e assim resgatando a contribuição feminina para o desenvolvimento do país, explicou Juana Aguirre, responsável de gênero do Ministério da Educação.

A reforma curricular de 2009 incorporou a dimensão de gênero em cinco áreas, como matemática e linguagem, além de estratégias para corrigir o “currículo oculto” nas relações entre educadores e alunos, acrescentou.

No Brasil, o Ministério da Educação adotou, em 1996, uma avaliação dos mais de cem milhões de livros didáticos que compra e distribui anualmente nas escolas, vedando os que expressam “preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou qualquer outra forma de discriminação”.

Fulvia Rosemberg, da Fundação Carlos Chagas, duvida dos critérios aplicados por avaliadores especializados em suas disciplinas, mas não em “sexismo e racismo discursivo”. Além do mais, o Ministério condena “preconceitos”, não “estereótipos”.

O ensino discriminador não impede, porém, que as meninas e mulheres tenham melhor desempenho do que os homens, colocando em xeque as análises sobre os efeitos do sexismo nos livros, acrescentou. IPS/Envolverde


* Com as colaborações de Nastasya Tay (Johannesburgo), Kara Santos (Manila), Emilio Godoy (México) e Daniela Estrada (Santiago).

Fonte: Jornal Rebate -online

terça-feira, 2 de março de 2010

Chaves é pedreira nos sapatos deles

Chávez acusa EUA de orquestrarem denúncias sobre possível envolvimento com o ETA e as Farc

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou setores internacionais sob coordenação dos EUA de orquestrarem denúncias contra ele. A reação de Chávez foi uma resposta à acusação do primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, de que o venezuelano cooperaria com a aliança formada pela grupo armado separatista ETA, que luta pela independência do País Basco, e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

- Parece que todos se colocam de acordo e isso não é por coincidência. É uma orquestra e por trás dela está o império ianque - disse Chávez, durante sua passagem por Montevidéu, no Uruguai.

Para o Ministério de Relações Exteriores da Venezuela, a acusação e a cobrança de explicações da Venezuela são “inaceitáveis e tendenciosas”.

Em um comunicado oficial, o Ministério de Relações Exteriores informou que as questões levantadas resultam de arquivos de computador confiscado do segundo homem das Farc, Raúl Reyes, morto durante a operação militar.

Zapatero pediu explicações oficiais ao governo da Venezuela, uma vez que as investigações que levantam as suspeitas foram realizadas pela Justiça da Espanha. Para Chávez, as acusações remetem aos tempos em que seu país era colônia da Espanha.

- Estes são os tristes restos da antiga cadeia que alguns voltariam para pendurar no pescoço, mas somos livres - afirmou Chávez, segundo a imprensa oficial da Venezuela Agência Bolivariana de Notícias (ABN).

Chávez afirmou que não há pressão internacional que incomode seu governo.

- Respondemos com alegria, com fervor patriótico e de unidade. Eles, os norte-americanos, não nos imporão regras. Nós representamos milhões - afirmou o venezuelano.


Embaixador da Venezuela na Espanha diz que país é pacífico e não tem ligação com terror

Também nesta terça-feira, o embaixador da Venezuela na Espanha, Isaías Rodríguez, negou as acusações contra o Governo Chávez.

- Negamos categoricamente a alegada cooperação da Venezuela em ações que têm relações com o terrorismo. Somos uma nação pacífica. Nós temos um processo absolutamente democrático, socialista e humanista. Estamos longe de qualquer ação que possa envolver atos terroristas - afirmou.

Zapatero pediu explicações oficiais ao governo da Venezuela, uma vez que as investigações que levantam as suspeitas foram realizadas pela Justiça da Espanha. Para Chávez, as acusações remetem aos tempos em que seu país era colônia da Espanha.

Para o embaixador venezuelano, as suspeitas levantadas pela Justiça da Espanha se baseiam em informações obtidas via arquivo de um computador que pertencia a Raúl Reyes, integrante das Farc morto no ano passado em ação militar em território equatoriano.

- Não é de se admirar que as informações podem ter sido manipuladas e que, na melhor das hipóteses, se o computador foi mantido em bom estado, não correspondem ao que efetivamente ao que de fato existiu - disse o diplomata.

Fonte: Monitor Mecantil - on line

segunda-feira, 1 de março de 2010

Natureza castiga o Chile e os chilenos

Terremoto de 8,8 graus arrasa região Centro-Sul do Chile


Natasha Pitts *

No último sábado (27), mais um terremoto de grande magnitude provocou perdas humanas e materiais. O tremor de 8,8 graus na escala Richter deixou 711 pessoas mortas e cerca de dois milhões de danificados no Chile. Após a reação popular de saquear lojas e supermercados pela ausência de rápida ajuda do Governo, a presidente chilena Michelle Bachelet decretou "estado de catástrofe" durante 30 dias na região de Maule e na província de Concepción.

Dezenas de prédios, entre eles casas, hospitais e escolas, vieram abaixo. Também foi registrada a queda de um presídio, fato que permitiu a fuga de cerca de 50 detentos. Exército, polícia, bombeiros e voluntários estão nas ruas para resgatar possíveis sobreviventes e tentar conter os ânimos da população.

"O passar das horas permitiu-nos demonstrar que estamos ante uma catástrofe de magnitude impensada, que provocou danos que vão requerer gigantescos esforços mancomunados de todos os setores do país, privados e públicos, não só agora, senão por um tempo bastante importante por diante", disse Bachelet.

A presidente também afirmou que, junto a grandes cadeias de supermercados, está organizando a entrega gratuita de mantimentos de primeira necessidade nas regiões de Maule, BioBío e algunos setores de La Araucanía. A entrega será feita de forma ordenada nos lugares em que as autoridades locais dispuserem.

A determinação da presidente de decretar o estado de catástrofe trás diversas implicações, sobretudo para a população. De acordo com a Constituição do Chile, durante o estado de catástrofe as decisões são tomadas pelas Forças Armadas e a democracia civil pode ser suspensa até que seja restabelecida a normalidade nas zonas afetadas. O que implica, inclusive, na suspensão da liberdade de locomoção e reunião.

No momento, nas regiões mais afetadas está implantado um toque de recolher. Em Concepción, o exército chileno vigia as ruas para que a população não saia de casa no intervalo que vai das 21h até as 6h. Os que não estão respeitando o toque de recolher e o "estado de catástrofe" estão sendo detidos pelos militares.

Mesmo com o registro de 160 pessoas detidas desde o sábado até o momento, o subsecretário do Interior afirmou que não foram registradas situações de alteração significativa em nenhuma parte. "Percorri até tarde diferentes pontos da cidade de Concepción e apreciava-se que a população colaborou e entendeu o sentido da medida que se adotou ontem", relatou Patricio Rosende à 123 CL.

Diversas organizações do país já estão se mobilizando para dizer ‘não’ ao estado de catástrofe e ao toque de recolher. A medida, segundo declaração da Liga Operária do Chile, se sustenta apenas para "proteger a segurança da classe patronal ante os focos de saqueio cada vez mais evidentes". Entidades estudantis, de mulheres, de trabalhadores, entre outras estão fortalecendo esta reivindicação e pedindo também a retirada do poder das mãos das Forças Armas e de sua patrulha das ruas.

Indígenas cobram atenção

As comunidades indígenas localizadas nas proximidades de Concepción também sofreram fortemente os efeitos do terremoto. Apesar não haver o registro de vítimas fatais entre os indígenas, sobretudo na Comunidade Autônoma Juan Quintremil muitos perderam suas casas e objetos pessoais e estão apenas com a roupa do corpo.

Mediante esta situação, os líderes mapuche exigem do Governo atenção econômica imediata, em especial para as populações mais afetadas e as regiões mais empobrecidas.

Concepción está entre as quatro províncias que constituem a região de Biobío, e se encontra no centro sul do Chile, parte mais afetada pelo terremoto. A cidade tem relevância econômica por sediar o mais importante pólo industrial do país. Também concentra a maior parte da população regional e reúne todas as comunidades que formam a Gran Concepción.

Segundo informações da agência de notícia Servindi, o terremoto do último sábado foi o segundo mais forte da história do Chile. Em 1960, a cidade de Valdivia foi devastada por um tremor de magnitude 9,6 na escala Richter.



* Jornalista da Adital- www.adital.com.br

Lágrimas e Dor de Uma Criança Palestina- Poema

Eu sou a testemunha dos
massacres
E dos mapas
Sou uma criança de palavras
simples
Vi como cresciam asas
nas pedras
E como a chuva
se transformava em armas
Quando trancaram a porta
do meu coração
E abriram trincheiras
no meu corpo

Mahmud Darwish
Fonte: Somos todos Palestinos/ Niteroi

Sem Direito de Morar

O Partido Comunista de Israel organizou na Sexta Feira, 22 de Janeiro uma manifestação / vigília em Jerusalém na Praça Hamashbir contra a prefeitura de Jerusalém que possui um projeto de demolir casas de moradores palestinos para a construção de uma praça e um estacionamento para o uso de colonos judeus israelenses.

A atividade contou com cerca de mil ativistas, dentre militantes comunistas, ativistas da paz e moradores de Jerusalém opositores ao prefeito.

O ato organizado pelo Partido Comunista de Israel buscou enfrentar a prefeitura de Jerusalém que aliada aos colonos extremistas de judeus, com apoio internacional dos Estados Unidos (segundo Site do PC de Israel) ataca moradores palestinos com objetivo claro de intimidar e remover das áreas ocupadas pelos colonos.

Cerca de 20 militantes foram presos, dentre eles militantes do PC.



Fonte: Site do Partido Comunista de Israel - http://www.maki.org.il/

Pequenos colombianos, vitimas

Pequenos colombianos, vitimas
O Mercado, não vê indigência

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