quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Reservas indígenas sem proteção, até crianças são assassinadas

Conselho Indigenista diz que criança indígena foi carbonizada por madereirosO Conselho Indigenista Missionário (Cimi) desacretida a informação da Funai e Polícia Federal e pede investigação mais minuciosa sobre o crime.

Publicação: 11/01/2012 17:29 Atualização: 11/01/2012 17:32

Desacreditando as afirmações da Funai e Polícia Federal, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) afirma, em nota, que houve sim um assassinato na Reserva Arariboia. Segundo a nota do Cimi, os restos mortais carbonizados de uma criança foram encontrados por indígenas.

O assassinato foi denunciado ao Cimi, pelo índio Luís Carlos Tenetehara, do povo Tenetehara, aldeia Patizal, que vive em Arariboia. A informação ainda foi repercutida pela Agência Brasil, site oficial do Governo Federal, a partir de matéria da jornalista Deborah Zampier.

O Cimi revela que a Funai chama de "boato" deveria ser investigado com mais cuidado. Segundo o Cimi, "não jogamos na vala comum dos boatos depoimentos que remontam anos de denúncias da ação de invasores, sobretudo madeireiros, na terra Indígena Araribóia". A nota sugere investigações mais detalhadas dentro da mata para confirmar o assassinato da criança indígena. A nota lembra que a Funai tem conhecimento da ação de madeireiros na área e do risco de vida e segurança que representa aos indígenas.

O Cimi chama às autoridades à atentar para a segurança dos Tenetehara que fazem denúncias e se opõem aos invasores de suas terras. O informe cita duas situações ocorridas em 2007, quando Tomé Guajajara foi assassinado por madeireiros que invadiram a Terra Indígena Araribóia com o intuito de recuperar um caminhão; e em 2008, quando um motoqueiro disparou contra uma indígena de seis anos, matando-a.

Segundo o Cimi, o caso divulgado na internet foi o ápice para chamar atenção à questão indígena, pois, "o assassinato e a violação dos direitos indígenas deixaram a condição de boato desde que o Estado Nacional passou a reconhecer direitos para as populações originárias", conclui o órgão em nota.

Fonte- Jornal Imparcial- Maranhão- online

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