Lutar pela Liberdade dos Cinco Heroís Cubanos prisioneiros do Império Norte Americano por Defenderem a Soberania de Cuba. Em 1959 em Serra Maestra a Revolução Vitóriosa inaugura o Socialismo na Ilha, promovendo para seu Povo Igualdade de Oportunidade. Nossos Cinco Heroís Cubanos mesmo sofrendo nos presídios do Império continuam lutando por Cuba Socialista. Viva nossos Heroís, Viva Cuba,Viva Revolução e Viva o Socialismo
domingo, 29 de janeiro de 2012
Made In Brazil
27.01.12 Por Daniel Santini e Natalia Viana
De maneira pouco transparente, governo incentiva crescimento da indústria nacional de armas e munições. Ênfase é nas armas leves: Brasil é 4º maior exportador mundial. Levantamento inédito do Exército revela que nos últimos 5 anos, exportamos 4,5 milhões de arma!
Uma pequena lata metálica, arranhada e atirada ao chão, gerou o primeiro vexame diplomático brasileiro de 2012. Trata-se de uma lata de gás lacrimogêneo recolhida por ativistas pró-liberdade no Bahrein, no Golfo Pérsico, que estampava na lateral, em azul, a bandeira brasileira e os dizeres “made in Brazil”. (FOTO)
Há um ano o Bahrein tem sido palco de protestos pró-democracia da maioria xiita contra a monarquia sunita comandada pelo rei Hamad Bin Issa al-Khalifa. Os manifestantes têm sido reprimidos pelo exército do Bahrein e de países vizinhos. Pelo menos 35 pessoas morreram e centenas foram feridas.
Segundo os manifestantes, o gás brasileiro está sendo usado para reprimir os manifestantes e teria até causado a morte de bebês. “Há algum tipo de ingrediente que, em alguns casos, leva as pessoas a espumarem pela boca e outros sintomas”, disse a ativista de direitos humanos Zainab al-Khawaja ao jornal O Globo.
Mas, quase um mês depois da denúncia, pouco se sabe como o gás fabricado pela empresa Condor Tecnologias Não Letais foi parar do lado errado da briga.
A empresa, sediada em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, afirma que não exporta para o Bahrein, mas diz que vende para outros países da região, sem identificá-los.
Toda exportação de armas, mesmo não letais, é aprovada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Defesa. Mas, uma vez aprovada, o governo não pode fazer muito. O próprio Itamaraty reconhece que não tem poder de investigar: depois do escândalo do Barhein, a assessoria do Itamaraty informou que o ministério está apenas “observando com interesse” o desenrolar da história.
Fica a cargo da empresa averiguar o que aconteceu.
“É um contrato entre partes privadas. Pode até envolver um governo estrangeiro, mas a responsabilidade pelo seu produto é da empresa”, diz a assessora de imprensa do Itamaraty. “Os contratos geralmente proíbem a revenda. A Condor está tentando rastrear o seu produto, estamos num diálogo permanente.”
A situação é pior porque não existe legislação internacional para o comércio de armas leves. “No caso de armas não convencionais, a atuação do Itamaraty é mais direta, mas no caso de armas convencionais, não existe um regime internacional para que a gente possa aconselhar em algum sentido”, reconhece.
Leia a parte 2: Empresas de armas miram África e Ásia para ampliar exportações
Leia a parte 3: Em cinco anos, 4,5 milhões de armas nas ruas
Leia a parte 4: A bancada da bala
Nesse contexto, é bem provável que casos como esse aconteçam cada vez mais. Enquanto o comércio de armamentos pesados, como os super tucanos, costuma chamar a atenção da imprensa nacional, é no ramo de armas leves que o Brasil tem uma atuação pungente e crescente no mercado internacional.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o valor das exportações de armas leves triplicou nos últimos cinco anos: foi de US$ 109, 6 milhões em 2005 para US$ 321,6 milhões em 2010 (em 2011, houve um recuo para US$ 293 milhões).
Contando apenas as armas de fogo, a quantidade impressiona. Foram 4.482.874 armas exportadas entre 2005 e 2010, segundo um levantamento inédito do Exército feito a pedido da agência Pública. Ou seja: 2.456 armas por dia.
O Exército se negou a dar detalhes como venda ano a ano, empresas exportadoras e países de destino.
Assim, cabe às ONGs internacionais tentar desvendar os detalhes da exportação brasileira.
Todo ano, o Instituto de Estudos Internacionais e de Desenvolvimento, em Genebra, realiza o Small Arms Trade Survey, o mais respeitado estudo sobre essa indústria. Em 2011, o Brasil foi o 4º maior exportador mundial de armas leves, atrás apenas dos Estados Unidos, Itália e Alemanha.
Contando somente armamentos pesados, somos o 14º, de acordo com o Instituto Internacional de Estudos da Paz de Estocolmo (SIPRI). Nos dois casos a liderança é dos Estados Unidos, com larga vantagem.
sábado, 28 de janeiro de 2012
José Martí, Presente!
José Julián Martí Pérez (Havana, 28 de janeiro de 1853 — Dos Ríos, 19 de maio de 1895) foi um político, pensador, jornalista, filósofo, poeta, criador do Partido Revolucionário Cubano (PRC) e organizador da Guerra de 1895 ou Guerra Necessária. Seu pensamento transcendeu as fronteiras de sua Cuba natal para adquirir um caráter universal. Em seu país natal, também é conhecido como «El apóstol».
"A liberdade custa muito caro e temos ou de nos resignarmos a viver sem ela ou de nos decidirmos a pagar o seu preço".
José Martí foi o grande mártir da Independência de Cuba em relação à Espanha. Além de poeta e pensador fecundo, desde sua mocidade demonstrou sua inquietude cívica e sua simpatia pelas ideias revolucionárias que gestavam entre os cubanos.
Em 19 de maio de 1895, no comando de um pequeno contingente de patriotas cubanos, após um encontro inesperado com tropas espanholas nas proximidades do vilarejo de Dos Ríos, José Martí foi atingido e veio a falecer em seguida. Seu corpo, mutilado pelos soldados espanhóis, foi exibido à população e posteriormente sepultado na cidade de Santiago de Cuba, em 27 de maio do mesmo ano.
"Trincheiras de idéias valem mais que trincheiras de pedras."
Em 1869, com apenas dezesseis anos, publicou a folha impressa separatista "El Diablo Cojuelo" e o primeiro e único número da revista "La Patria Libre". No mesmo ano, passou a distribuir um periódico manuscrito intitulado "El Siboney". Pouco depois, foi preso e processado pelo governo espanhol por estar de posse de papéis considerados revolucionários. Foi condenado a seis anos de trabalhos forçados mas passou somente seis meses na prisão. Em 1871, com a saúde debilitada, sua família conseguiu um indulto e obteve a permuta da pena original pela deportação à Espanha.
"Ser culto para ser livre."
Na Espanha, Martí publicou, naquele mesmo ano, seu primeiro trabalho de importância: "El Presidio Político en Cuba", no qual expôs as crueldades e os horrores vividos no período em que esteve na prisão. Nesta obra, já se encontravam presentes o idealismo e o estilo vigoroso que tornariam Martí conhecido nos círculos intelectuais de sua época. Mais tarde, dedicou-se ao estudo do Direito, obtendo o doutorado em Leis, Filosofia e Letras da Universidade de Saragoça em 1874.
Postado por Associação Cultural Jose Marti MG às 03:10
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
O Irã não esta só.
Tudo que reluz é... petróleo
25/1/2012, Pepe Escobar, Asia Times Online
http://www.atimes.com/atimes/
No discurso “O Estado da União”, ontem, o presidente dos EUA Barack Obama disse “Que ninguém duvide: os EUA estamos determinados a evitar que o Irã chegue à bomba atômica, e não excluirei de sobre a mesa nenhuma opção para atingir aquele objetivo.”[1]
No mundo real, a frase significa que Washington quer ir à guerra – a guerra econômica já está em curso – contra um país que assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear e não está construindo armas atômicas, como já declararam a Agência Internacional de Energia Atômica e a mais recente US National Intelligence Estimate.
Obama também disse que “o regime de Teerã está mais isolado do que nunca; seus líderes sofrem sob o peso de sanções paralisantes, e, enquanto fugirem às suas responsabilidades, a pressão não diminuirá.”1
“Isolado?” Não, não. O Irã não está isolado. Leiam “O mito do Irã ‘isolado’” (14/1/2012, em http://redecastorphoto.
Em declaração antes do discurso, Obama “aplaudiu” a decisão da União Europeia de impor embargo contra o petróleo do Irã, e acrescentou que “Aquelas sanções demonstram, mais uma vez, a unidade da comunidade internacional”.
OK. Mas a tal “unidade da comunidade internacional” é composta de EUA, países da OTAN, Israel e o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG, também conhecido como Clube Contrarrevolucionário do Golfo); o resto do mundo é miragem.
Venha para o programa petróleo-por-ouro
Dois países BRICS, Índia e China, juntos, compram pelo menos 40% do petróleo que o Irã exporta, 1 milhão de barris/dia. 12% do petróleo de que a Índia necessita. E a China comprou, ano passado, 30% mais petróleo do Irã que em 2010, média de 557 mil barris/dia.
A “comunidade internacional” de verdade já está tomando conhecimento de que a Índia começará a pagar em ouro, pelo petróleo iraniano – não com rúpias, através do banco estatal UCO indiano e do banco estatal Halk Bankasi, turco. Pequim – que já negocia com o Irã em yuans – pode também mudar-se para o ouro. Desnecessário lembrar que ambas, Delhi e Pequim, são grandes produtoras de ouro, com muito ouro nos cofres.
O Ano do Dragão começará com muito barulho: pode bem ser o padrão-ouro do Ano do Dragão.
Todos recordam o fracassado programa da ONU petróleo-por-ouro, que matou de fome os iraquianos, nos anos antes da invasão/ocupação dos EUA, em 2003. Iraquianos médios pagaram preço terrível pelas sanções de ONU/EUA, e o programa petróleo-por-comida só beneficiou o sistema de Saddam Hussein.
Agora, o negócio é muito mais sério; é o programa petróleo-por-ouro, iniciativa de BRICS + Irã que beneficiará a liderança da República Islâmica e talvez alivie os efeitos das sanções sobre a população iraniana. Consequências globais: a cotação do ouro sobe; o petrodólar cai; os mercadores de petróleo abrem garrafas de Moet em cataratas.
Outro país BRICS, a Rússia, já negocia com o Irã em rials e rublos. E a Turquia, aspirante a membro do grupo BRICS – e que também é membro da OTAN – não acompanhará as sanções de EUA/União Europeia, se não forem impostas pelo Conselho de Segurança da ONU (não-não, porque Rússia e China, membros permanentes, vetarão).
Em dois meses, o primeiro-ministro Vladimir Putin – que enfurece/apavora Washington e Bruxelas como um neo Vlad o Impalador – estará de volta à presidência da Rússia. É quando os poodles atlanticistas saberão o que é jogo à vera.
Enquanto isso, Teerã jamais se curvará às sanções ocidentais – muito menos com vários mecanismos laterais/subterrâneos já implantados para vender seu petróleo e que envolvem três países BRICS mais dois aliados dos EUA, Japão e Coreia do Sul, os quais, provavelmente, conseguirão que o governo Obama os isente de cumprir as sanções.
Dado que isso tudo jamais teve algo a ver com uma inexistente arma nuclear, a liderança em Teerã só terá de seguir um parâmetro supremo de estratégia: não caia em provocações ou em arapucas de operações clandestinas sob falsas bandeiras, que serviriam como casus belli para um ataque de guerra do eixo EUA/Grã-Bretanha/Israel.
E tudo isso, enquanto tendências no horizonte – sobrecarregado – apontam para o que se pode chamar de “Zona Asiática de Exclusão do Dólar”, a qual, para muitas mentes espertas no mundo em desenvolvimento, pode pavimentar a estrada para uma moeda lastreada em energia, a ser usada pelos BRICS e pelo Grupo dos 77 (G-77) para resistir ao cada vez mais desesperado – e sem rumo – ocidente atlanticista.
De volta ao congresso dos poodles europeus, basta examinar a declaração conjunta distribuída por aqueles fenômenos de mediocridade – o primeiro-ministro britânico David Cameron, a chanceler alemã Angela Merkel e o neonapoleônico “libertador da Líbia”, o francês Nicolas Sarkozy.
O trio-lá disse que “Nada temos contra o povo iraniano.” Os iraquianos ouviram exatamente a mesma frase de outro grupo de mediocridades em 2002 e 2003. Em seguida, o Iraque foi invadido, ocupado e destruído.
++++++++++++++++++++++++++++++
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Acorda Suplicy
Novamente, setores de direita e pro-norteamericanos no Brasil tratam de fazer uma provocação contra nosso país utilizando a figura da blogueira Yoani Sánchez. O pretexto é convidá-la para um ato cujo objetivo declarado é atrair atenção sobre os falsos e gastados argumentos utilizados pelo governo norteamericano sobre a suposta violação dos direitos humanos em Cuba. Como em outras ocasiões, o Sr. Deputado Eduardo Suplicy se prestou para fazer o jogo da direita e de seus porta vozes mediáticos no Brasil.
Os cubanos residentes no Brasil agrupados na ANCREB-JM expressamos nosso mais enérgico repúdio a estas provocações contra nosso país. Fazemos isso com a força moral que nos dá o fato de sermos cubanos que amam e respeitam sua terra natal assim como a este país que adotamos como nossa segunda pátria. Aqui compartilhamos nossas vidas com nossas famílias e amigos brasileiros e trabalhamos, como parte deste povo, por seu desenvolvimento e por um futuro melhor. Respaldamos plenamente os importantes esforços e ações que realiza o Governo do Brasil para fortalecer as relações com Cuba com base no respeito e benefícios mútuos.
Consideramos necessário desmascarar frente à opinião pública brasileira a imagem de uma pessoa que não representa os interesses dos cubanos residentes em Cuba fora dela. A fama da figura de Yoani Sánchez foi fabricada artificialmente, financiada e promovida pelos interesses dos Estados Unidos. Isso fica claramente demonstrado nos documentos oficiais do governo norteamericano resgatados por “Wikileaks”. Para que não fiquem dúvidas de que esta senhora é uma agente a serviço da potência que continuamente agride, por todas as vias, nossa Pátria e sua Revolução, potência esta que ocasionou milhares de vítimas, grandes sofrimentos e perdas econômicas a nosso povo devido a um bloqueio ilegal, brutal e imoral desde mais de meio século.
As posições de evidente traição a seu país se refletem em seu blog, nas declarações que faz continuamente e que são difundidas pelos meios de imprensa brasileiros representativos dos setores de direita, que atacam a nossa Pátria, servindo aos interesses norteamericanos e tratando de entorpecer as relaciones entre nossos países.
A qualidade moral desta senhora se pode medir pelo fato de que não trabalha, como o fazem as pessoas normais que vivem em Cuba; não tem outras rendas além daqueles que recebe da Oficina de Interesses dos EE.UU em Cuba; tem um dos blogs mais caros do mundo, hospedado em um sitio europeu, com tradução imediata a 18 idiomas e acessível a todas partes do mundo. Tudo isso, em um país como Cuba que, devido ao bloqueio tem sérias limitações de acesso à Internet, a banda larga e seu tempo de utilização é muito caro dependendo dos satélites. Quem tem facilitado à senhora Yoani estas super-facilidades que a converteram na blogueira mais conhecida do mundo, enquanto outros blogueiros cubanos têm grandes dificuldades para conectar-se com o estrangeiro? De onde saem os recursos para sustentar a rede de Yoani, e a ela própria, que diz ser “uma humilde cidadã cubana”?
Os cubanos residentes no Brasil associados da ANCREB, que amamos esta terra, assim como à Pátria que nos viu nascer, rechaçamos esta nova provocação anticubana e aqueles que a promovem para denegrir a nossa Pátria e a sua Revolução.
É necessário desmascarar esta provocação e seu protagonista. Em uma próxima declaração brindaremos mais argumentos e elementos de como ela é utilizada contra seu próprio povo.
Associação Cubana de Residentes no Brasil – José Martí.
15 de Janeiro de 2012
sábado, 21 de janeiro de 2012
Jango Pode Ter Sido Envenenado.
Após 35 anos, Jango terá sua morte investigada
A Justiça argentina, mais uma vez, sai à frente nas investigações para recompor o período em que a América Latina esteve obscurecida pelos regimes ditatoriais. Agora, o país investiga as circunstâncias do falecimento de João Goulart (Jango), ex-presidente do Brasil no início da década de 1960 (1961-64).
Edição: Fritz Nunes
Foto: fazendomedia.com
domingo, 15 de janeiro de 2012
Apoio a poeta Angye Goana
- Divulgar estas informações para o máximo de pessoas;
- Enviar carta postal para o juiz do caso (modelo e endereço ao final desta página) e nos informar do envio (jeffvasques@gmail.com);
- Enviar email para embaixada da Colômbia no Brasil cobrando posicionamento (email: ebrasili@cancilleria.
gov.co ) e nos informar do envio (jeffvasques@gmail.com); - Organizar atividades artísticas e politicas em defesa da liberdade de Angye Gaona e dos demais presos políticos da Colômbia (entrar em contato conosco para divulgar a atividade!)
- Visitar periodicamente este site para saber das novidades.
Barrio Centro de San Diego,
Calle De La Cruz N º 9-42,
Antiguo Colegio Panamericano
2 º Piso
Cartagena de Indias
Colombia
______________________________
Nome
Endereço
Cidade, País
Endereço de seu site Web (opcional)
políticas. A poesia e as modestas condições de vida de Angye Gaona refletem sua inocência, melhor do que poderia apontar o melhor advogado. Seu único crime é o de dizer a verdade através de sua obra poética. Parece-me essencial para a comunidade colombiana, que se respeite a vida e a liberdade de seus poetas, que são um pouco a alma de seu povo. Esperamos, senhor. Esperamos, senhor Juiz, que você seja quem garanta um julgamento justo que honre as instituições de Colômbia, rogo-lhe que aceite a expressão de meu respeito,
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Chaves, Ortega, Ahmedinejad e Fidel em defesa da humanidade
Quando Fidel encontra Ahmedinejad
12/1/2012, MK Bhadrakumar, Indian Punchline
http://blogs.rediff.com/
O presidente do Irã Mahmoud Ahmedinejad chegou a Havana. Há notícias de que tem reunião marcada com Fidel Castro. Cuba abriu o tapete vermelho para receber Ahmedinejad – que esteve antes na Nicarágua; foi convidado de honra à cerimônia de posse do presidente Ortega (reeleito para o segundo mandado).
Os EUA estão enfurecidos: o Irã não parece nada “isolado” internacionalmente. A presidente da Comissão de Assuntos Exteriores da Câmara de Deputados em Washington, Ileana Ros-Lehtinen, atacou tudo e todos. “Irã e Cuba são estados que patrocinam terroristas e têm de ser tratados como ameaças diretas à segurança nacional dos EUA (...) O regime iraniano rejeitou todas as aberturas propostas pelos EUA, e o regime de Castro nunca alterará suas posições.”
Interessante observar que o islã político e a esquerda latino-americana aproximaram-se sem dificuldades. O ímã mágico que atrai um grupo na direção do outro é a resistência.
Vê-se hoje já bem evidente uma acomodação politicamente articulada entre o islamismo como força política e a esquerda latino-americana. Ahmedinejad é visto como agente de uma nova forma exemplar de anti-imperialismo internacionalmente ativo, que sabe operar em ressonância com a consciência política da esquerda latino-americana, e vê nela traços pelos quais a pode identificar ao seu próprio projeto histórico. E o presidente venezuelano Hugo Chávez já esteve inúmeras vezes em Teerã, para conversas com Ahmedinejad.
A atual viagem de Ahmadinejad reforça essa nova sintaxe da acomodação política entre os dois lados, e deixa para trás a patética história da Guerra Fria, quando o ocidente conspirava para jogar os marxistas contra os islâmicos, tentando assim abrir caminho para obter vantagens geopolíticas no Oriente Médio rico em petróleo.
Infelizmente, poucos lembrarão que houve história semelhante a essa – que Ahmadinejad, Chaves, Castro e outros reinterpretam agora, e que remonta ao tempo da revolução bolchevique na Rússia.
Lênin promoveu um movimento anti-imperialista na Ásia, contra as potências coloniais, e sempre viu os militantes islâmicos como aliados dos bolcheviques, na luta de libertação. No 2º Congresso do Comintern, em 1920, essa ideia estava já bem clara.
O idioma político que se escuta na atual viagem de Ahmedinejad também chama a atenção. Ahmadinejad saudou o presidente Ortega como “meu irmão revolucionário” e disse: “Nossos dois povos, em diferentes partes do mundo, lutamos para estabelecer a solidariedade entre todos e a justiça para todos.”
Ortega, reeleito em novembro último para um segundo mandato, com 62% dos votos, estava felicíssimo. Convidou Chávez para participar de outra cerimônia da posse, na 3ª-feira, em Manágua: Ortega, Chávez e Ahmedinejad celebrarão na América Latina a vitória do partido de Sandino.
Antes, em Caracas, Chávez recebera Ahmedinejad com efusivas palavras de boas vindas, falando de Venezuela e Irã como “vítimas da ganância das superpotências”. Ahmedinejad respondeu que “Teerã e Caracas enfrentarão juntas a ganância de todas as grandes potências que querem dominar o mundo. Defenderemos nossos direitos.”
O trecho cubano da viagem será a cereja do bolo. Que conselho Havana dará a Teerã? Fidel Castro já mais de uma vez previu guerra nuclear, caso EUA-Israel ataquem o Irã.
Chaves, Ortega, Ahmedinejad e Fidel em defesa da humanidade
Quando Fidel encontra Ahmedinejad
12/1/2012, MK Bhadrakumar, Indian Punchline
http://blogs.rediff.com/
O presidente do Irã Mahmoud Ahmedinejad chegou a Havana. Há notícias de que tem reunião marcada com Fidel Castro. Cuba abriu o tapete vermelho para receber Ahmedinejad – que esteve antes na Nicarágua; foi convidado de honra à cerimônia de posse do presidente Ortega (reeleito para o segundo mandado).
Os EUA estão enfurecidos: o Irã não parece nada “isolado” internacionalmente. A presidente da Comissão de Assuntos Exteriores da Câmara de Deputados em Washington, Ileana Ros-Lehtinen, atacou tudo e todos. “Irã e Cuba são estados que patrocinam terroristas e têm de ser tratados como ameaças diretas à segurança nacional dos EUA (...) O regime iraniano rejeitou todas as aberturas propostas pelos EUA, e o regime de Castro nunca alterará suas posições.”
Interessante observar que o islã político e a esquerda latino-americana aproximaram-se sem dificuldades. O ímã mágico que atrai um grupo na direção do outro é a resistência.
Vê-se hoje já bem evidente uma acomodação politicamente articulada entre o islamismo como força política e a esquerda latino-americana. Ahmedinejad é visto como agente de uma nova forma exemplar de anti-imperialismo internacionalmente ativo, que sabe operar em ressonância com a consciência política da esquerda latino-americana, e vê nela traços pelos quais a pode identificar ao seu próprio projeto histórico. E o presidente venezuelano Hugo Chávez já esteve inúmeras vezes em Teerã, para conversas com Ahmedinejad.
A atual viagem de Ahmadinejad reforça essa nova sintaxe da acomodação política entre os dois lados, e deixa para trás a patética história da Guerra Fria, quando o ocidente conspirava para jogar os marxistas contra os islâmicos, tentando assim abrir caminho para obter vantagens geopolíticas no Oriente Médio rico em petróleo.
Infelizmente, poucos lembrarão que houve história semelhante a essa – que Ahmadinejad, Chaves, Castro e outros reinterpretam agora, e que remonta ao tempo da revolução bolchevique na Rússia.
Lênin promoveu um movimento anti-imperialista na Ásia, contra as potências coloniais, e sempre viu os militantes islâmicos como aliados dos bolcheviques, na luta de libertação. No 2º Congresso do Comintern, em 1920, essa ideia estava já bem clara.
O idioma político que se escuta na atual viagem de Ahmedinejad também chama a atenção. Ahmadinejad saudou o presidente Ortega como “meu irmão revolucionário” e disse: “Nossos dois povos, em diferentes partes do mundo, lutamos para estabelecer a solidariedade entre todos e a justiça para todos.”
Ortega, reeleito em novembro último para um segundo mandato, com 62% dos votos, estava felicíssimo. Convidou Chávez para participar de outra cerimônia da posse, na 3ª-feira, em Manágua: Ortega, Chávez e Ahmedinejad celebrarão na América Latina a vitória do partido de Sandino.
Antes, em Caracas, Chávez recebera Ahmedinejad com efusivas palavras de boas vindas, falando de Venezuela e Irã como “vítimas da ganância das superpotências”. Ahmedinejad respondeu que “Teerã e Caracas enfrentarão juntas a ganância de todas as grandes potências que querem dominar o mundo. Defenderemos nossos direitos.”
O trecho cubano da viagem será a cereja do bolo. Que conselho Havana dará a Teerã? Fidel Castro já mais de uma vez previu guerra nuclear, caso EUA-Israel ataquem o Irã.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Reservas indígenas sem proteção, até crianças são assassinadas
Publicação: 11/01/2012 17:29 Atualização: 11/01/2012 17:32
O assassinato foi denunciado ao Cimi, pelo índio Luís Carlos Tenetehara, do povo Tenetehara, aldeia Patizal, que vive em Arariboia. A informação ainda foi repercutida pela Agência Brasil, site oficial do Governo Federal, a partir de matéria da jornalista Deborah Zampier.
O Cimi revela que a Funai chama de "boato" deveria ser investigado com mais cuidado. Segundo o Cimi, "não jogamos na vala comum dos boatos depoimentos que remontam anos de denúncias da ação de invasores, sobretudo madeireiros, na terra Indígena Araribóia". A nota sugere investigações mais detalhadas dentro da mata para confirmar o assassinato da criança indígena. A nota lembra que a Funai tem conhecimento da ação de madeireiros na área e do risco de vida e segurança que representa aos indígenas.
O Cimi chama às autoridades à atentar para a segurança dos Tenetehara que fazem denúncias e se opõem aos invasores de suas terras. O informe cita duas situações ocorridas em 2007, quando Tomé Guajajara foi assassinado por madeireiros que invadiram a Terra Indígena Araribóia com o intuito de recuperar um caminhão; e em 2008, quando um motoqueiro disparou contra uma indígena de seis anos, matando-a.
Segundo o Cimi, o caso divulgado na internet foi o ápice para chamar atenção à questão indígena, pois, "o assassinato e a violação dos direitos indígenas deixaram a condição de boato desde que o Estado Nacional passou a reconhecer direitos para as populações originárias", conclui o órgão em nota.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
O Brasil Não Conhece o Brasil
Brasil, o neovilão
Renato Godoy de Toledohttp://www.alainet.org/active/51361
Pequenos colombianos, vitimas
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