sábado, 5 de março de 2011

Paises da América Latina, atenção com o Líbano


04.03.11 - Venezuela
Alba busca saída negociada para conflito na Líbia
Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital

Chanceleres de países que formam a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) participam, hoje (4), de uma reunião em Caracas, capital venezuelana, para discutir a situação da Líbia. A ideia é avançar na proposta de mediação do conflito interno líbio e rechaçar a intervenção militar estrangeira. O país do norte da África é, desde o último dia 17, cenário de confrontos entre movimentos a favor e contra o governo de Muammar Kaddafi.

A expectativa é que a reunião ocorra às 10h (horário local), na Casa Amarela, sede da chancelaria venezuelana, e conte com a presença de ministros das relações exteriores de Venezuela, Equador, Bolívia, Cuba, Nicarágua, Antigua e Barbuda, Dominica, e São Vicente e Granadinas.

O plano de mediação política do conflito da Líbia foi proposto pelo mandatário venezuelano Hugo Chávez, quem condena a intervenção militar estrangeira no país norte-africano. De acordo com informações de agências, Chávez confirmou que já conversou com Kaddafi sobre o assunto e obteve resposta favorável a respeito do plano de formação de uma comissão que promova o diálogo entre as duas partes em confronto.

"Falei (por telefone) com Kaddafi e [ele] me disse que sim, aceitava a comissão e que esta, oxalá, não esteja formada somente por países, mas também pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que vejam o que realmente ocorre antes de condenar e pensar em invadir o povo da Líbia”, declarou.

A proposta também é analisada pela Liga Árabe, a qual condena invasões militares estrangeiras na nação africana. A sugestão de Chávez vai de encontro ao plano da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que, liderado pelos Estados Unidos, mobiliza um arsenal militar para a região do país norte-africano.

Informações dão conta de que o chefe da Otan afirmou ter tomado "nota da petição” elaborada pelos opositores de Kaddafi "de uma intervenção aérea estrangeira”. Além de Venezuela, Cuba e Nicarágua já declararam que são contra a investida militar na Líbia e denunciaram que a ação promovida pelos Estados Unidos é motivada por interesses energéticos e pelo posicionamento geográfico do país.

Na última quarta-feira (2), Kaddafi condenou a intervenção estrangeira e advertiu para uma possível guerra com "milhares de mortos”, caso Estados Unidos ou Otan invadam o país. "Entraremos em uma guerra sangrenta e milhares e milhares de líbios morrerão se Estados Unidos (EUA) ou Otan entrem no país”, alertou.

Manifestações

Motivadas pelas ondas de protestos que derrubaram os presidentes da Tunísia e do Egito, grupos de oposição tomaram as ruas da Líbia para realizar mobilizações contra Kadhafi, que está no poder há quase 42 anos. As ações ganharam força a partir do dia 17 fevereiro e logo iniciou o confronto entre grupos favoráveis e contrários a Kadhafi. Estima-se que o conflito já tenha causado a morte de centenas de pessoas e o deslocamento de milhares.

Com informações de Telesur e AVN


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pequenos colombianos, vitimas

Pequenos colombianos, vitimas
O Mercado, não vê indigência

Seguidores

Arquivo do blog