quarta-feira, 15 de junho de 2011

Che Guevara, Presente!

14 DE JUNHO DE 1928, A HISTÓRIA COMEÇA A MUDAR, NASCE
CHE GUEVARA, O MÉDICO REVOLUCIONÁRIO.

Por Hermann Hoffman

“Se queremos expressar, como aspiramos que sejam nossos combatentes revolucionários, nossos militantes, nossos homens e mulheres, devemos dizer sem vacilação de nenhum tipo, que sejam como o Che! Se queremos expressar como queremos que sejam os homens e mulheres das futuras gerações, devemos dizer: que sejam como Che! Se queremos dizer como desejamos que se eduquem nossas crianças, devemos dizer sem vacilação: queremos que se eduquem no espírito de Che!” Fidel Castro.

Recordar Che é uma obrigação para todos nós que acreditamos no mundo mais humano, fraterno e solidário, e como disse Frei Betto: “em 14 de junho de 2008, Che Guevara completaria 80 anos! Sua militância entre nós terminou aos 39. Nem por isso conseguiram matá-lo. Hoje, está mais vivo do que nas quatro décadas de existência real. Aliás, são raros os revolucionários que, como Mao, e o próprio Fidel, envelhecem. Muitos derramaram cedo o sangue capaz de adubar o projeto de um mundo de liberdade, justiça e paz: Jesus, com 33 anos; Martí, 42; Sandino, 38; Zapata, 39, só para citar uns poucos exemplos”.
Ernesto “Che” Guevara de La Serna nasce no dia 14 de junho de 1928, na cidade de Rosário, Argentina, filho de Ernesto Guevara e Célia de La Serna. Poucos anos depois a família Guevara muda-se para a cidade de Alta Garcia, permanecendo até Che completar 18 anos, período muito difícil pelas freqüentes crises de asma de Che. Terminando seus estudos secundários, mais uma vez a família Guevara muda de cidade, agora para a capital do país, Buenos Aires. Com o ensino secundário concluído, Che faz a matrícula na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires, e se destaca como um excelente estudante, tendo interesse tanto em medicina como em política.
Já em 1946, Che Guevara aproveita o período de férias universitárias e faz uma viagem pela Argentina, percorrendo 4.700 km e visitando o interior do país, nesta, são escritos seus primeiros textos de pensamentos. Em 1948 incorpora-se num navio, no sul do país, e mesmo com os freqüentes ataques de asma, viaja muito e se interessa mais pela política do seu país e da América Latina.
Quando já estava formado como médico, Che Guevara vem ao Brasil pela primeira vez, mas seu destino final é a Guatemala. Poucos anos depois concluía o doutorado em Medicina, especializando-se em doenças alérgicas, e logo regressa a Guatemala. Neste momento um golpe militar organizado pelos Estados Unidos derruba o governo da Guatemala e Che é obrigado a sair do país, pois trabalhava para o governo popular, mudando-se assim para o México.
No México, Che encontra-se com Fidel Castro e decide participar do movimento revolucionário de Cuba que visa derrubar o governo do ditador Fulgêncio Batista e parte junto com Fidel no iate Granma com destino a Cuba e participa da luta popular que se desenvolve em todo país conta a ditadura de Batista. O movimento armado iniciou na Sierra Maestra, mas se alastrou por toda Cuba com uma ampla participação popular organizada em nome do movimento 26 de julho, juntamente com o Partido socialista cubano fundado por José Martí e pela Frente Estudantil Revolucionária.
Che que como médico vai se destacando nas atividades e se transforma em comandante, sendo responsável pela coluna que tomou Santa Clara, uma das principais cidades de Cuba. Em 1959 triunfa a Revolução Cubana e o Ditador Fulgêncio Batista foge do país, iniciando profundamente as transformações em Cuba, com a reforma agrária, reforma urbana, educacional e da saúde.
No novo governo de Cuba, Che ocupa os cargos de Ministro da Indústria e Comércio e Presidente do Banco Central participando ativamente da construção do Socialismo em Cuba e defendendo as idéias dos mutirões populares e do trabalho voluntário como forma de resolver rapidamente os principais problemas do povo cubano. O próprio Che na condição de Ministro participa de mutirões de construção de casas populares, escolas, mutirões de colheita de cana, junto com os trabalhadores.
Iniciando o ano de 1965 Che renuncia todos os cargos e parte com um grupo de revolucionários cubanos, para o Congo, para ajudar o movimento revolucionário daquele país onde à ditadura imposta pelos Estados Unidos tinha recém assassinado o principal dirigente do país, no entanto a correlação de forças era muito inferior e Che regressa para América Latina e parte para a Bolívia, incorporando-se ao movimento revolucionário.
No dia 8 de outubro Che é preso no povoado de La Higuera no interior da Bolívia e em seguida por ordens da CIA é fuzilado friamente no interior de uma pequena escola rural, tendo apenas 39 anos.
Recordar Che é recordar que o mundo novo é possível e provado, entendendo, sobretudo que para lograr este mundo a luta não pode ter fronteiras; que o espírito de sacrifício deve ser a caracterização da juventude; que a reforma agrária deve ser o primeiro passo; e o acesso aos bens culturais, à educação, à saúde e a uma vida igualitária devem superar o apego aos bens materiais; que a crença nas forças populares deve ser a maior força e a “indignação contra qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo constitua a qualidade mais bela de um revolucionário, de um militante”

14 de junho de 1928
83° Aniversário de nascimento de Che Guevara.

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