quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Equador avançando

CORREA PODE VENCER ELEIÇÕES NO PRIMEIRO TURNO, DIZ PESQUISA
QUITO, 17 JAN (ANSA) 
O presidente do Equador e candidato à reeleição, Rafael Correa, tem chances de vencer as eleições de 17 de fevereiro no primeiro turno, de acordo com uma pesquisa de intenção de voto divulgada pela imprensa local.
  
Na sondagem feita pelo instituto Market com 760 pessoas, Correa aparece com 49% dos votos válidos. O banqueiro Guillermo Lasso, candidato pela legenda Criando Oportunidades (CREO), está em segundo lugar, com 18%.
  
Em terceiro aparece o ex-presidente Lucio Gutiérrez, da Sociedade Patriótica, com 12%, seguido pelo economista e candidato dos movimentos indígenas e de esquerda Alberto Acosta, com 6%.
  
O milionário Alvaro Noboa, do Partido Renovador Institucional Ação Nacional (PRIAN), tem 4% das intenções de voto.
  
Segundo a pesquisa, o partido governista Aliança País também obteria os dois terços na Assembléia Nacional de um total de 137 cadeiras que os equatorianos deverão eleger no próximo dia 17 de fevereiro.
  
Correa assumiu em 2007 e, em 2009, foi ratificado em seu cargo nas eleições convocadas após a aprovação da nova Constituição. Está há seis anos no poder e, se for reeleito, permanecerá por mais quatro.
  
A pesquisa é a primeira a ser divulgada após o início da campanha eleitoral, em 4 de janeiro. (ANSA) 
Fonte: ansalatina-online

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Chávez e Sistema Globo, nada haver

A GLOBO CONTRA OS VENEZUELANOS
 
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Noto, nas redes sociais, revolta contra a maneira como a Globo vem cobrindo o caso Chávez.
Estaria havendo um golpe na Venezuela, segundo a Globo.
Não existe razão para surpresa. Inimaginável seria a Globo apoiar qualquer tipo de causa popular.
Chávez e Globo têm um história de beligerância explícita. Ambos defendem interesses antagônicos com paixão, com ênfase, com clareza.
Se estivéssemos na França de 1789, a Globo defenderia a Bastilha e Chávez seria um jacobino. Em vez de recitar Bolívar, ele repetiria Rousseau.
Há uma cena clássica que registra a hostilidade entre Chávez e a Globo. Foi, felizmente, registrada pelas câmaras. É um documento histórico. Você pode vê-la no pé deste artigo.
Chávez está dando uma coletiva, e um repórter ganha a palavra para uma pergunta. É um brasileiro, e trabalha na Globo. Fala num espanhol decente, e depois de se apresentar interroga Chávez sobre supostas agressões à liberdade de expressão.
Toca, especificamente, numa multa aplicada a um jornalista pela justiça venezuelana.
Chávez ouve pacientemente. No meio da longa questão, ele pergunta se o jornalista já concluiu a pergunta. E depois diz: “Sei que você veio aqui com uma missão e, se não a cumprir, vai ser demitido. Não adianta eu sugerir a você que visite determinados lugares ou fale com certas pessoas, porque você vai ter que fazer o que esperam que você faça.”
Quem conhece os bastidores do jornalismo sabe que quando um repórter da Globo, vai para a Venezuela a pauta já está pronta. É só preencher os brancos. Não existe uma genuína investigação. A condenação da reportagem já está estabelecida antes que a pauta seja passada ao repórter.
Lamento se isso desilude os ingênuos que acreditam em objetividade jornalística brasileira, mas a vida é o que é. Na BBC, o repórter poderia de fato narrar o que viu. Na Globo, vai confirmar o que o seu chefe lhe disse. É uma viagem, a rigor, inútil: serve apenas para chancelar, aspas, a paulada que será dada.
“Como cidadão latino-americano, você é bem-vindo”, diz Chávez ao repórter da Globo. “Como representante da Globo, não.”
Chávez lembrou coisas óbvias: o quanto a Globo esteve envolvida em coisas nocivas ao povo brasileiro, como a derrubada de João Goulart e a instalação de uma ditadura militar em 1964.
Essa ditadura, patrocinada pela Globo, tornou o Brasil um dos campeões mundiais em iniquidade social. Conquistas trabalhistas foram pilhadas, como a estabilidade no emprego, e os trabalhadores ficaram impedidos de reagir porque foi proibida pelos ditadores sua única arma – a greve.
Não vou falar na destruição do ensino público de qualidade pela ditadura, uma obra que ceifou uma das mais eficientes escadas de mobilidade social. Também não vou falar nas torturas e assassinatos dos que se insurgiram contra o golpe.
Chávez, na coletiva, acusou a Globo de servir aos interesses americanos.
Aí tenho para mim que ele errou parcialmente.
A Globo, ao longo de sua história, colocou sempre à frente não os interesses americanos – mas os seus próprios, confundidos, na retórica, com o interesse público, aspas.
Tem sido bem sucedida nisso.
O Brasil tem milhões de favelados, milhões de pessoas atiradas na pobreza porque lhes foi negado ensino digno, milhões de crianças nascidas e crescidas sem coisas como água encanada.
Mas a família Marinho, antes com Roberto Marinho e agora com seus três filhos, está no topo da lista de bilionários do Brasil.
Roberto Marinho se dizia “condenado ao sucesso”. O que ele não disse é que para que isso ocorresse uma quantidade vergonhosa de brasileiros seria condenada à miséria.

Fonte: Pátria Latina - online

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A vida de marajá de uma blogueira mercenária

A vida de marajá de uma blogueira mercenária




"La Dolce Vita" de Yoani Sanchez com os dólares e euros pagos pelos conglomerados midiáticos privados, potências imperialistas e serviços secretos que financiam a oposição à Revolução Cubana. Ao contrário do que afirma a "dissidente" (melhor dizendo: MERCENÁRIA) possui um padrão de vida inacessível para a imensa maioria dos cubanos que vivem sob o bloqueio político e econômico dos EUA a mais de 50 anos.
Por Salim Lamrani

Ao ler o blog da "dissidente" cubana Yoani Sánchez, é inevitável (a um desavisado) sentir empatia por esta jovem mulher, que expressa abertamente sua oposição ao governo de Havana. Descreve cenas cotidianas de privações e de penúrias de todo tipo. “Uma dessas cenas recorrentes é a de perseguir os alimentos e outros produtos básicos em meio ao desabastecimento crônico de nossos mercados”, escreve em seu blog Generación Y. [1]
De fato, a imagem que Yoani Sánchez apresenta dela mesma – uma mulher com aspecto frágil que luta contra o poder estatal e contra as dificuldades de ordem material – está muito longe da realidade. Com efeito, a "dissidente" cubana dispõe de um padrão de vida que quase nenhum outro cubano da ilha pode se permitir ter. 
Mais de seis mil dólares de renda mensal.
A SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), que agrupa os grandes conglomerados midiáticos privados do continente, decidiu nomeá-la vice-presidente regional de sua Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação [2] por Cuba. Sánchez, que como de costume, é tão expressiva em seu blog, manteve um silêncio hermético sobre seu novo cargo. Há uma razão para isso: sua remuneração. A oposicionista cubana dispõe agora de um salário de seis mil dólares mensais, livres de impostos. Trata-se de uma renda bastante alta, habitualmente reservada aos quadros superiores das nações mais ricas.
Essa importância é ainda maior considerando que Yoani Sánchez reside em um país de Terceiro Mundo em que o Estado de bem-estar social está presente e onde a maioria dos preços dos produtos de necessidade básica está fortemente subsidiada.
Em Cuba, existe uma dupla circulação monetária: o CUC e o CUP. O CUC representa aproximadamente 0,80 dólares ou 25 CUP. Assim, com seu salário da SIP, Yoani Sánchez dispõe de uma renda equivalente a 4.800 CUC ou a 120.000 CUP.
O poder aquisitivo de Yoani Sánchez
Avaliemos agora o poder aquisitivo da "dissidente" cubana. Assim, com um salário semelhante, Sánchez poderia pagar, a escolher:
- 300.000 passagens de ônibus;
- 6.000 viagens de táxi por toda Havana [3]
- 60.000 entradas para o cinema;
- 24.000 entradas para o teatro;
- 6.000 livros novos;
- 24.000 meses de aluguel de um apartamento de dois quartos em Havana [4]; 
- 120.000 copos de garapa (suco de cana);
- 12.000 hambúrgueres;
- 12.000 pizzas;
- 9.600 cervejas;
- 17.142 pacotes de cigarro;
- 12.000 quilos de arroz;
- 8.000 pacotes de macarrão;
- 10.000 quilos de açúcar;
- 24.000 sorvetes de cinco bolas;
- 40.000 litros de iogurte;
- 5.000 quilos de feijão;
- 120.000 litros de leite (caso tenha um filho de menos de 7 anos);
- 120.000 cafés;
- 80.000 ovos;
- 60.000 quilos de carne de frango;
- 60.000 quilos de carne de porco; 
- 24.000 quilos de bananas;
- 12.000 quilos de laranja;
- 12.000 quilos de cebola;
- 20.000 quilos de tomate;
- 24.000 tubos de pasta de dente;
- 24.000 unidades de sabão em pedra;
- 1.333.333 quilowatts-hora de energia [5]; 
- 342.857 metros cúbicos de água potável [6]; 
- 4.800 litros de gasolina;
- um número ilimitado de visitas ao médico, dentista, oftalmologista ou qualquer outro especialista da área de saúde, já que tais serviços são gratuitos;
- um número ilimitado de inscrições a um curso de esporte, teatro, música ou outro (também gratuitos).
Essas cifras ilustram o verdadeiro padrão de vida de Yoani Sánchez em Cuba e dão uma ideia sobre a "credibilidade" da opositora cubana. Ao salário de seis mil dólares pagos pela SIP, convém agregar a renda que cobra a cada mês do diário espanhol El País, do qual é correspondente em Cuba, assim como as somas coletadas desde 2007.
Com efeito, no período de alguns anos, Sánchez recebeu múltiplas distinções, todas financeiramente remuneradas. No total, a blogueira recebeu uma retribuição de 250.000 euros, ou seja, 312.500 CUC ou 7.812.500 CUP, quer dizer, uma importância equivalente a mais de 20 anos de salário mínimo em um país como a França, quinta potência mundial.
A "dissidente", que primeiro emigrou à Suíça depois de optar por voltar a Cuba, é bastante sagaz para compreender que o fato de adotar um discurso a favor de uma "mudança de regime" agradaria aos poderosos interesses contrários ao governo e ao sistema cubanos. E eles, por sua vez, saberiam se mostrar generosos com ela e permitiriam gozar da dolce vita em Cuba.
Salim Lamrani é Doutor em Estudos Ibéricos e Latinoamericanos pela Universidade Paris Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani é professor titular da Université de la Réunion e jornalista, especialista das relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro é intitulado Etat de siège: les sanctions economiques des Etats-Unis contre Cuba, París, Edições Estrella, 2001, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio de Paul Estrade. Contato: lamranisalim@yahoo.frEste endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. Salim.Lamrani@univ-reunion.frEste endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.  ; Facebook: https://www.facebook.com/SalimLamraniOfficiel
Referências bibliográficas:
[1] Yoani Sánchez, “Atacado vs varejo”, Generación Y, 5 de junho de 2012.http://www.desdecuba.com/generaciony/ (site consultado em 26 de julho de 2012).
[2] El Nuevo Herald, “Yoani nomeada na Comissão da SIP”, 9 de novembro de 2012.
[3] De Havana Velha até o bairro Playa.
[4] 85% dos cubanos são proprietários de suas casas. Essa tarifa é reservada exclusivamente para os cidadãos cubanos da ilha.
[5] Até 100 quilowatt-hora, o preço é de 0,09 CUP a cada quilowatt-hora.
[6] 0,35 CUP por m³.
CF:  
fonte: Rede Democratica- online

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

115° Aniversário do Cavaleiro da Esperança

115o ANIVERSÁRIO NATALÍCIO DE LUIZ CARLOS PRESTES
(3/1/1898-7/3/1990)
LUIZ CARLOS PRESTES: SUA ATIVIDADE COMO ENGENHEIRO
Anita Leocadia Prestes

A vida de Luiz Carlos Prestes ainda é pouco conhecida do grande público; ao
mesmo tempo, são constantemente distorcidas suas idéias e caluniados muitos dos
seus gestos políticos. No texto abaixo, procura-se divulgar um aspecto pouco
conhecido da trajetória do Cavaleiro da Esperança – sua atividade como engenheiro
não só no Brasil, mas também em vários outros países em que sua vida de
revolucionário o levou a exilar-se.
Rio de Janeiro
Luiz Carlos Prestes colou grau como engenheiro militar em janeiro de 1920, ao
concluir o curso de Engenharia na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro. Nessa
ocasião, foi promovido a 2o tenente de Engenharia. Como fora o primeiro aluno da turma,
tinha o direito de escolher o lugar onde iria servir. Sua escolha recaiu sobre a Companhia
Ferroviária, aquartelada em Deodoro, subúrbio do Rio de Janeiro. Havia duzentos homens
nessa Companhia. Prestes recordaria que era uma ferrovia de campanha, para contornar a
frente e realizar o transporte na retaguarda. Mas havia grande falta de material necessário
para realizar o trabalho previsto e o único ano em que se realizaram manobras foi aquele
em que Prestes, substituindo o comandante, que estudava medicina e só comparecia para
assinar o expediente, passou, na prática a comandar a Companhia. O jovem tenente
contava que o comandante confiava inteiramente nele:
Eu fazia tudo, dominava completamente a obra, comandava realmente a
Companhia. Dirigia, fazia tudo, tinha inclusive instituído escolas. Eu chegava
no quartel de manhã cedo, às seis horas, e, às vezes, só saía às oito da noite.
Porque fiz escola para cabos, escola para sargentos e escola para alfabetização.
Foi a primeira imagem que tive do povo brasileiro. Eu recebi uma turma de cem
recrutas, todos eles originários aqui dessa Baixada fluminense, aí de
Mangaratiba, etc. Analfabetos, dezoito anos. (...) Com dezoito anos se alistavam
e tinham que fazer o serviço militar. (...) Na sua maioria, 90% analfabetos.
Todos eles com vermes intestinais (...) Os médicos tratavam com uma
brutalidade tremenda – era erva de Santa Maria e purgante de óleo de rícino. De
maneira que o indivíduo levava um choque violento. (...) E um deles morreu.
(...) E esses homens todos, eu consegui que aprendessem a ler, em pouco tempo,
e depois tinha a Escola de cabos, Escola de sargentos. Fiquei ali na Companhia
Ferroviária um ano. (...) Mas, em fins de 1920, como eu tinha sido o primeiro
aluno da turma, fui convidado para ser instrutor na Escola Militar. 1
1
LCP (Entrevistas concedidas por Luiz Carlos Prestes a Anita Leocadia Prestes e Marly de Almeida Gomes
Vianna, gravadas em fita magnética e transcritas para o papel; RJ, 1981-83). LCP, fita no 1.
Veja artigo completo no sítio/ LCP

Pequenos colombianos, vitimas

Pequenos colombianos, vitimas
O Mercado, não vê indigência

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