segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Daniel Ortega, eleito pela 3ª vez. Vida longa aos Sandinistas

04.11.11
- Nicarágua
As eleições na Nicarágua em 6 de novembro: ‘O sandinismo apostou em uma melhor distribuição da riqueza’



Tradução: ADITAL

Com uma vitória quase assegurada –caso levemos em consideração as previsões das diferentes pesquisas de opinião- a Alianza Nicaragua Unida Triunfa, promovida pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), que tem como candidato ao atual presidente Daniel Ortega, veria reforçado seu poder político na Nicarágua. As últimas pesquisas entre mediados de outubro indicam um leque de votos favoráveis que vai entre os 52 e 60%. A segunda força, que aglutina a um setor de direita liberal e aos renovadores sandinistas, não supera os 20% das intenções de voto. "É o resultado da política do sandinismo no governo dos últimos cinco anos”, sublinha, em entrevista exclusiva, Adrián Martínez, dirigente sindical da Central de Trabajadores por Cuenta Propia (CTCP).

Para Martínez, há duas causas principais que asseguram o perfil ganhador do sandinismo: "Por um lado, as realizações concretas nesses cinco anos de governo a favor dos setores mais desfavorecidos. A FSLN tem se preocupado em assegurar uma redistribuição mais equitativa da riqueza no país”.

Por outro lado, explica o experimentado dirigente dessa central autônoma, que faz parte da Frente Nacional de los Trabajadores, de identificação sandinista-, "a FSLN tem sabido integrar em seu programa político as reivindicações populares mais sentidas, tais como a distribuição da terra, a titulação das parcelas urbanas a seus residentes; a saúde e a educação gratuitas; a promoção social dos mais marginalizados; a dignificação dos excluídos nos 17 anos de neoliberalismo”.

A prática de sua organização sindical parece dar força aos seus argumentos. "Em apenas 10 anos de existência, hoje contamos com 50.000 afiliados. Números significativo para um setor –o dos trabalhadores informais ou por conta própria-, que reúne a mais de 1.150.000 pessoas do campo e da cidade. A Nicarágua, com cerca de 7 milhões de habitantes, assinala ao setor informal como o mais amplo economicamente falando.

"Somos um setor emergente. Há anos somos essenciais na produção da riqueza. Porém, até que a FSLN assumiu o governo, em 2007, éramos ignorados completamente. Não existíamos. A direita não queria nos aceitar enquanto sujeitos econômicos que competimos com suas empresas e com seu poder econômico”, sustenta Martínez.

Ele também explica que apesar de que a maioria dos dirigentes da CTCP "se identifica com o sandinismo”, a Central é independente, autônoma. "Somos conscientes de que devemos continuar mobilizando-nos para ser reconhecidos e conseguir avanços significativos, tais como a segurança social ou a formação técnico-profissional para nossos afiliados”.

Se nos últimos cinco anos passados o governo priorizou "aos setores rurais, nossa expectativa é que na próxima fase coloque ênfase no apoio ao setor que representamos”.

E a proposta eleitoral dos partidos opositores em relação aos trabalhadores informais?, perguntamos. "É de perseguição, como acontece em outros países da América Central, identificando nossas bases como produtores de instabilidade social”.

Martínez fala de uma recente propaganda eleitoral na TV, do partido de Fabio Gadea, candidato presidencial da segunda força política, onde ameaça aos trabalhadores informais com o desalojo de seus lugares públicos de trabalho, isto é, os semáforos, as estações de ônibus, as esquinas da capital. "Foi uma verdadeira ofensa que provocou uma reação profunda de indignação em nossas bases. Nós denunciamos publicamente e, há pedimos de nossas bases para que abramos um processo jurídico contra esse candidato por suas palavras agressivas”.

[Sergio Ferrari desde Nicaragua

Fonte- Adital- online

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