quarta-feira, 23 de maio de 2012

Estudantes universitários na Nicarágua marcham contra o FMI

Estudantes e docentes da educação superior marcham nessa quarta-feira para protestar contra as recomendações de uma comissão do Fundo Monetário Internacional que recomendou cortar o financiamento para a educação pública.
Estudantes universitários da Nicarágua marcharam nessa quarta-feira (23) para expressar sua rejeição às recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao considerá-las de "interferência em políticas nacionais a favor da educação e os direitos trabalhistas”.
Uma missão técnica do FMI recomendou ao governo nicaraguense cortar o financiamento para o ensino superior público, aumentar a idade de jubilação e o número de citações dos assalariados para receber os benefícios do pagamento por aposentadoria e executar ajustes fiscais.
A dirigente da União Nacional de Universidades de Nicarágua (UNEN), Regina López, disse que "a marcha será de caráter pacífico, e a realização também para mostrar apoio ao governo do presidente Daniel Ortega”. O Conselho Nacional de Universidades (CNU) e a direção sindical dos docentes confirmaram a convocatória para repudiar as medidas propostas pelo FMI.
De acordo com a dirigente da UNEN, "desde que Ortega voltou à direção do Executivo, está se cumprindo de maneira estrita o direito constitucional da educação superior ao receber, anualmente, seis por cento do orçamento da República”.
López explicou que "esse seis por cento do orçamento nacional está refletido em bolsas, atividades culturais, esportivas e cada estudante universitário representa uma família beneficiada”.
Por sua parte, o presidente do CNU e reitor da Universidade Nacional Agrária, Telémaco Talavera, questionou as recomendações do FMI. "Se o Fundo Monetário tinha uma inquietação sobre o seis por cento, por que não a apresentou para nós?, estamos dispostos a discuti-lo, não temos nada que esconder, ao contrário temos muito que dizer sobre os seis por cento e a educação”.
Também o professor Freddy Franco estimou que "precisamos de uma reforma tributária também em função do desenvolvimento humano do país, que fortaleça as políticas sociais dos últimos seis anos e uma reforma da segurança social capaz de proteger e fortalecer os direitos adquiridos”.
Outro que também se expressou foi o titular da Comissão Econômica da Assembleia Nacional, Wálmaro Gutiérrez, ao dizer que "mal faz o FMI ao estar sugerindo que se reforme o orçamento destinado ao Sistema Educativo Superior”.
Disse que "há outros temas sobre os quais se pode conversar com o FMI, porém os assuntos de caráter constitucional apenas vamos discuti-los e resolver com o povo nicaraguense”, explicou Gutiérrez.
A marcha irá desde a Avenida Universitária até a Assembléia Nacional, de maneira simultânea com outros protestos em cidades como León, Estelí, Matagalpa, Bluefields, Juigalpa e Jinotepe.

A notícia é da teleSUR-PL-LaPrensa-ElNuevoDiario-LaJornada/vg - FC-publicado pela Adital- online

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Procurando os atalhos da verdade


A verdadeira verdade

“A força pode esconder a verdade, a tirania pode impedi-la de circular livremente, o
medo pode adiá-la, mas o tempo acaba por trazer a luz. Hoje, esse tempo chegou”.
As palavras são da presidente Dilma Roussef na instalação da Comissão da Verdade,
realizada na quarta-feira em solenidade em Brasília.

Bom, se o que a presidente diz é verdade, cabem algumas perguntas: a verdade chegou
para quem? Chegou para punir os assassinos, os torturadores, os maus militares, os
péssimos brasileiros e os empresários que apoiaram um regime de exceção?

A verdade é imprescindível. Tão imprescindível que é preciso dizer a verdade naquilo
que mais prejudica o povo brasileiro: uma política econômica voltada para beneficiar
o capital, uma política econômica direcionada para os rentistas que lucram 47% do
Orçamento da União em detrimento da esmagadora maioria dos brasileiros.

É triste ver nosso país, uma das piores distribuições de renda de todo o planeta, direcionar
nossa produção para encher os cofres de pessoas desqualificadas, desqualificadas ao
ponto de não poderem ser tratadas como seres humanos. Os qualificaria como hienas,
mas não o faço em respeito ao animal.

Os três governos petistas aliaram-se ao capital, submeteram-se ao capital apenas pelo
Poder, por tudo que ele propicia. Será alguém capaz de apontar a verdade nas suas ações
e nas ações dos seus aliados que não seja em detrimento do povo brasileiro?

O capitalismo no Brasil já está em sua fase superior, portanto partícipe ativo do
imperialismo. Não há mais espaço para alianças com a burguesia, que há muito deixou
de ser nacional. Não há mais espaço humanitário para se aliar ao que existe de mais
retrógrado na sociedade: a sanha pelo lucro.

Se é a verdade que a presidente defende e quer, que ela propugna, pois então pratique-
a: rompa suas alianças com o mais nocivo existente na história da humanidade e dê os
braços ao povo, pois ele merece, afinal é quem trabalha, quem sustenta o país.

Esse mesmo povo merece muito mais que as esmolas oriundas de um Bolsa-Família.
Faça um governo de verdade, presidente. Seja verdadeiramente uma presidente do Brasil,
não uma mera gerente do capitalismo em nosso País.

Afonso Costa
Jornalista

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Agenda Colômbia Brasil


A Agenda Colômbia-Brasil, processo de construção de solidariedade política entre os povos, organizações sociais, movimentos populares e partidos de esquerda do Brasil e da Colômbia,  saúda e comemora  o lançamento do Movimento Político Marcha Patriótica e a constituição de seu Conselho Patriótico Nacional.
A Agenda Colômbia-Brasil é um espaço social e político que busca tornar visível a realidade colombiana e gerar solidariedade política entre os povos com o objetivo de apoiar as lutas dos colombianos e colombianas, de lutar pelo reconhecimento dos direitos humanos e políticos tanto de pessoas quanto de organizações que se opõem ao caráter excludente do governo, que tem prevalecido ao largo da história do Estado colombiano. Militam pessoas e organizações engajados na bandeira pela solução política do conflito, que já dura mais de 6 décadas e que é consequência das agravantes condições sociais, políticas e econômicas.
Como organização, a Agenda Colômbia-Brasil é autônoma, horizontal, caracterizando-se pela igualdade de gênero, pela direção coletiva e  pela formação permanente.  Acredita na solidariedade entre os povos  e trabalha  por ela, principalmente entre os povos da América Latina. Luta contra o imperialismo, a militarização e a violação dos direitos humanos. É francamente  favorável à livre determinação dos povos, à paz no mundo, à justiça social, ao fim da impunidade,  ao resgate e  preservação da memória e, especialmente, à superação da grave situação social e política em que vive o povo colombiano.
A Agenda Colômbia-Brasil faz parte do Movimento Político Marcha Patriótica porque somos homens e mulheres pertencentes ao povo colombiano e que tivemos de sair de nossa Pátria em busca de oportunidades de vida que, na Colômbia, nos são negadas pela adoção de políticas econômicas exploradoras, injustas e excludentes; ou ainda, porque nossas opiniões políticas foram perseguidas pelo Estado e pelos grupos de extrema direita que silenciam e criminalizam o pensamento crítico e qualquer intenção social oposicionista. Somos homens e mulheres que ainda vivem na Colômbia, porém em situação de refugiados, dentro do território nacional, para protegerem suas vidas, pessoas que não só perderam suas terras e outros bens e agora  lhes retiram a capacidade de exigir seus direitos mais elementares. Somos homens e mulheres brasileiros que compartilhamos a nossa luta e nossos anseios de transformação do Estado colombiano numa verdadeira democracia, com paz e justiça social, pela liberdade dos povos.
Todos e todas, colombian@s e brasileir@s, estamos em Marcha pela Segunda e Definitiva Independência Americana, que nos permita construir  a Pátria Grande,  sonhada por Bolívar, na qual José Inácio de Abreu e Lima  lutou  e pela qual muitas pessoas, homens e mulheres, têm lutado e vivido.
Como Agenda Colômbia-Brasil nos comprometemos publicamente a construir a Marcha Patriótica no Brasil, como luta popular e a construção de poder alternativo. Para construirmos unidade e lutar juntos com o povo brasileiro solidário pela construção de uma nova Colômbia, onde caibam todos e todas, por um Brasil melhor e por uma América livre e soberana.
Por isso, saudamos o lançamento da Marcha Patriótica como movimento político, bem como a constituição de seu Conselho Patriótico Nacional, sua luta política e social, a sua busca de uma verdadeira democracia e o seu compromisso com a defesa das causas populares e de todas as pessoas afetadas pelas políticas capitalistas e neoliberais.
Comemoramos esse momento com todas as pessoas que já fazem parte da Marcha Patriótica, com sua organização que nasce desde as bases e de todos os rincões da Colômbia. Que cresce, se fortalece e se converte em uma verdadeira alternativa de transformações democráticas e de poder popular  para o povo colombiano e para a luta continental americana.
Por isso dizemos, como Pablo Neruda à Bolívar: “em direção à esperança a tua sombra nos conduz, (…) tua voz nasce de novo, a tua mão outra vez nasce (…)”. A Marcha está nascendo como movimento político e nela lutaremos pela segunda e definitiva independência da Colômbia e dos povos da América. Continuaremos dizendo até que seja concretizado:
“(…) Libertador um mundo de paz nasceu em teus braços. /A paz, o pão, e o trigo de teu sangue nasceram,/ de nosso jovem sangue vindo de teu sangue/ sairão paz, pão e trigo para o mundo que construiremos…”
Viva a Solidariedade entre os Povos do Brasil e da Colômbia!
Viva a Pátria Grande Americana!
Viva o Conselho  Patriótico Nacional!
Viva a Marcha Patriótica pela segunda e definitiva independência!
Agenda Colombia-Brasil
A Solidariedade é dos Povos


Pequenos colombianos, vitimas

Pequenos colombianos, vitimas
O Mercado, não vê indigência

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