sábado, 16 de abril de 2011

Eldorado dos Carajás, 15 anos de impunidade e descaso

Carajás 15 anos, o massacre presente

Aniversário da chacina lembra a necessidade de punição aos assassinos e de tratamento e indenização às vítimas

15/04/2011

Márcio Zonta

de Eldorado dos Carajás (PA)

Ao andar pelas ruas da vila do assentamento 17 de abril em Eldorado dos Carajás, ainda escuta-se muitas histórias sobre a marcha que culminou no massacre da curva do S, na rodovia PA 150, em Eldorado do Carajás, há 15 anos. Os sobreviventes ainda têm dúvidas quanto ao número oficial de mortos divulgados pelo Estado, pois há crianças, homens e mulheres desaparecidos que não estavam na lista dos mortos e, tampouco, foram encontrados depois. As marcas do massacre persistem tanto na simbologia da conquista das cinco fazendas, parte das 15 existentes no complexo Macaxeira, quanto no corpo dos mutilados ou na cabeça de muitos que viveram aquele 17 de abril de 1996.

“Foi a tarde mais sangrenta da minha vida”, recorda Haroldo Jesus de Oliveira, o primeiro sobrevivente a conversar com a reportagem. Quem o vê trabalhando atencioso e calmo na Casa Digital 17 de abril, monitorando jovens e crianças no manuseio da internet, não imagina as recordações que ele guarda. “Acordamos felizes naquela manhã do dia 17, pois o Coronel Pantoja, junto a uma comissão, do então governador Almir Gabriel (PSDB), disse que daria os ônibus para que fossemos até Belém, onde pressionaríamos o governo para desapropriação dessas terras. Inclusive, já tínhamos desobstruído a rodovia na noite anterior, já que esse era nosso acordo, e preparado a alimentação para as famílias que participavam da marcha”, diz Oliveira.

Onze horas da manhã venceu o prazo do acordo, e em vez de chegar os ônibus, que levariam cerca das 1,8 mil famílias da marcha, chegou o batalhão da Polícia Militar, o que fez com que as famílias retomassem a estrada. “Eu me lembro como se fosse hoje. Estávamos de prato na mão, almoçando, sob uma chuvinha leve, um sereninho bom. Muitos homens começaram a descer dos ônibus da polícia e montar o acampamento, por volta de três da tarde, e ficaram cerca de 90 minutos preparando-se, como se fossem para uma guerra”, relata Oliveira.

Depois de estabelecidos os policiais no local, a mesma comissão disse que não providenciaria os ônibus e que tinha ordens do governador para retirar as famílias da via. “Nós nunca pensamos que poderia acontecer aquilo. Perto das 17 horas, começaram a jogar bombas de efeito moral contra as pessoas e a atirar no chão. Pessoas tomavam tiros nas pernas e caiam. Mas aqueles que iam para cima, eles atiravam no peito mesmo”. A carnificina começou naquele momento e pelas contas de Oliveira durou cerca de cinquenta minutos.

“Tive que sair pelo chão me arrastando para o miolo de gente junto à água da chuva, que se misturava com sangue, tinha muita gente no asfalto ferida, gritando, chorando...”, lembra emocionado Oliveira.

Premeditado

Amanhece no assentamento 17 de abril e, enquanto, muitos agricultores já estão na roça, as 7h, começa a entrada das crianças na escola que leva o nome de Oziel Alves Pereira, sem-terra de 17 anos espancado até a morte no hospital pelos policiais, por gritar palavras de ordem do MST, na noite do dia 17 de abril, em Curianópolis (PA), para onde foram levados os feridos.

Zé Carlos, companheiro de linha de frente junto a Oziel no dia do massacre, confere a mochila do filho na frente da escola, passa algumas recomendações e o beija ao se despedir. Sobre o dia da chacina, que lhe custou uma bala alojada na cabeça e a perda de um olho, Zé Carlos é enfático: “utilizaram-se de táticas de guerra”. Zé lembra que um caminhão que estava parado na estrada, por causa do bloqueio, foi oferecido às famílias como proteção. “O motorista chegou e disse: ‘vou atravessar esse caminhão na pista para ajudar vocês’. Mas estranhamente toda a ação policial iniciou-se atrás desse veículo, sendo o escudo principal deles, tapando nossa visão. Foram os policiais que pediram”, garante.

Zé conta que os policiais vinham do sentido de Parauapebas e Marabá, ambas cidades paraenses interligadas pela rodovia, além dos que saíam do meio da mata dos dois lados da pista. “Nos cercaram para matar mesmo, pois vinham de todas as direções atirando”. Segundo Zé, é difícil para quem esteve no dia aceitar o número de apenas 21 mortos ditos pelo Estado.“Isso é brincadeira. Morreu muita gente, entre homens, mulheres e crianças. Vi muita gente morta, não pode ser, Tenho até medo de falar, deixa isso para lá. Mas garanto que foi muito mais”.

Ao apagar das luzes

Como se um espetáculo tivesse acabado, ao anoitecer no dia 17 de abril, as luzes do município de Eldorado do Carajás foram apagadas e seu cenário de morte, desmontado. Essa é a sensação que teve a jovem Ozenira Paula da Silva, com 18 anos na época do acontecido. “Apagaram as luzes para desmontar o que tinham feito, para limparem a via. Jogavam corpos e mais corpos em caçambas de caminhão, que tomavam rumos diferentes”.

Após os primeiros disparos, Ozenira só teve tempo de pegar os seus três filhos, todos com menos de cinco anos, e correr para a mata ao lado, percebendo momentos depois que tinha sido baleada na perna esquerda, na altura da coxa. “Tinha muita gente escondida na mata, próximo às margens da rodovia e foi justamente essas pessoas que viram muitos corpos sendo desviados para fora do caminho do Instituto Médico Legal (IML), de Marabá, para onde eram levados os mortos”.

Ozenira diz que algo lhe intriga até hoje. “Depois que terminou a matança, uma criança branquinha de uns dois anos foi achada na escuridão do mato, aos prantos, por uma mulher que procurava seus familiares. Essa mulher a recolheu. Sei que essa criança viveu com ela bastante tempo em Curianópolis, mas depois perdi o contato”.

Onde estariam os pais da criança naquela noite? Ozenira responde: “Não tenho como provar, mas tenho quase certeza que estavam em algum caminhão de remoção de cadáveres”, finaliza.

O massacre continua

Poucos mutilados receberam seus direitos de indenização e até hoje, quinze anos depois, muitos nem recebem a pensão mensal de R$346. Ozenira é uma delas. “Fui atendida no hospital apenas no dia do acontecido, depois nunca mais tive atendimento médico, tenho dias de dores horríveis e outros de dormência na perna”, conta.

Já Zé, hoje aos 32 anos, foi um dos únicos a receber, em 2008, uma indenização de R$ 85 mil reais, mais a pensão mensal no valor citado acima. Hoje vive do que seus irmãos plantam em seu lote, já que tem dificuldades para trabalhar em função das sequelas do tiro na cabeça.

Mas, um caso em especial entre os mutilados chama a atenção. Mirson Pereira, um dos únicos que conseguiu uma cirurgia, no Hospital Regional de Marabá, para retirar uma bala alojada na perna esquerda. “Pensei que seria o fim das dores, mas quando voltei da sala de cirurgia o médico disse que havia errado e feito o corte na perna errada, disse que no outro dia realizaria o procedimento na perna certa, mas desisti, fiquei com medo e saí do hospital”. Pereira continua com a bala na perna e ainda aguarda sua indenização.

O descaso do Estado brasileiro em relação ao massacre de Eldorado dos Carajás já gerou contra o governo um processo, em 1998, na Corte Interamericana de Direitos Humanos, com sede nos Estados Unidos, feita pelo Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL). “O governo brasileiro agiu de duas formas quando foi notificado pela entidade internacional. Primeiramente, culpou os próprios marchantes pelo ocorrido e, num segundo momento, por força da opinião pública, disse que já fazia coisas no assentamento, o que compensava o ocorrido”, explica Viviam Holzhacker, advogada assistente da CEJIL, que acompanha o caso.

No entanto, por pressão internacional, a advogada diz que o governo brasileiro aderiu a um processo, recentemente, de buscar acordo com os mutilados. “São feitas propostas de ambos os lados até chegar a um acordo. Deve levar mais uns cinco anos para ser resolvido o caso de todos”, explica.

Diante deste imbróglio, na ausência de um tratamento médico adequado que cuide do corpo e da mente dos participantes da marcha, Índio, um dos mutilados, com duas balas alojadas na perna esquerda desabafa: “Aconteceu o massacre em 1996. Mas ele terminou? Não! Pois esse grupo [do assentamento] ficou apenas porque o Estado não deu conta de matar no dia. Ficamos para contar a história, sofrer e ir morrendo aos poucos num massacre diário, que só terminará por completo com nossa morte”.

Fonte: Brasil de Fato- online





terça-feira, 12 de abril de 2011

TV Globo, só pensa em faturar

A Globo, o terrorismo e a tragédia do Realengo

(Duarte Pereira)

O locutor William Bonner anunciou ontem à noite em tom dramático pelo Jornal Nacional, transmitido pela Rede Globo para todo o país, que o “homem” que assassinou “covardemente” alunas e alunos da escola carioca Tasso da Silveira mantinha contactos com um grupo “terrorista” supostamente islâmico, insinuando que esse grupo o poderia ter influenciado a planejar e executar o ataque sangrento à escola.

Era o que faltava. A Globo encontrou a linha ideal de investigação policial para tentar impedir qualquer discussão séria e abrangente sobre as causas que levaram à tragédia de Realengo e para deslocar as responsabilidades por essa tragédia da direita para a esquerda do espectro político.

Nada de falar na esquizofrenia do jovem Wellington de Oliveira, nem na falta de apoio e tratamento que agravou sua enfermidade. Nada de recordar as perseguições e humilhações que sofreu quando era aluno da escola atacada. Nada de mencionar as informações sobre armas e massacres que podem ser acessadas facilmente na internet. Nada de aludir à cultura de individualismo, competição e insensibilidade disseminada pelo capitalismo contemporâneo. Nada de referir-se aos filmes, jogos e exemplos de truculência e crueldade que vêm dos Estados Unidos e das outras potências imperialistas. A grande questão passou a ser, para a Globo, os contactos de Wellington com um alegado grupo “terrorista”, que pode nem ser real, mas criado pela imaginação doentia do jovem.

Acresce que, para os monopólios capitalistas de informação como a Globo, a palavra “terrorismo” abarca tanto os atos de terror propriamente ditos e as organizações que os praticam, quanto a resistência armada de povos oprimidos, como o palestino. Em contrapartida, para esses monopólios da informação, Estados, Exércitos e partidos como os de Israel e dos Estados Unidos, que bombardeiam e devastam outros países e assassinam seletivamente seus líderes, não praticam o terrorismo. Assim, ao tentar envolver um suposto grupo “terrorista” nos atos tresloucados do jovem Wellington, a Globo busca comprometer setores que a população costuma considerar de esquerda no massacre justificadamente repudiado.

No esforço para montar essa versão tendenciosa, a Globo não se constrangeu sequer com uma objeção de simples bom senso: por que algum grupo terrorista, de direita ou de esquerda, teria interesse em insuflar um ataque a modesta escola municipal de bairro periférico do Rio de Janeiro?

Para revestir de alguma credibilidade a insinuação feita, o Jornal Nacional ouviu o ministro da Justiça que se prestou a declarar que a Polícia Federal apoiará todas as linhas de investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, inclusive a do alegado envolvimento de grupo “terrorista” com as maquinações do jovem Wellington de Oliveira. O que não consegue a poderosa Globo?

Duarte Pereira

12/4/2011


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terça-feira, 5 de abril de 2011

Cubanos mais uma vez, dão lição ao mundo

Enviada especial de la UNESCO reconoce labor humanitaria cubana



PARÍS — Michaelle Jean (foto), enviada especial para Haití de la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO), destacó hoy aquí el apoyo brindado por Cuba en materia de salud al país caribeño, devastado por un terremoto hace un año. En declaraciones a PL, la funcionaria resaltó la presencia y contribución de innumerables equipos médicos cubanos.

"Siempre que se hable de salud no se puede olvidar el apoyo de ese país y ese pueblo hermano", señaló Jean, ex gobernadora general de Canadá, al tiempo que reconoció la importancia de mantener ese vínculo, como algo fundamental.

Fonte: Patria Latina- online

Pousada Carriles, qual será o desfecho?

Estados Unidos

Posada Carriles: um julgamento de artimanhas e ardis



Havana, (Prensa Latina) A defesa do terrorista Luis Posada Carriles trabalhou para conseguir um julgamento de testemunhas mudas e júris surdos, atuações permitidas pela juíza Kathleen Cardone no processo que tem lugar em El Paso, Texas, faz várias semanas.

Desde o começo, as mentiras e ardis nos argumentos da defesa encabeçada pelo advogado Arturo Hernández converteram-se em protagonistas da vista oral.

Os promotores estadunidenses longe de colocar um processo por terrorismo internacional propuseram trazer ante o júri várias testemunhas para demonstrar que o réu mentiu às autoridades em seus gerenciamentos migratórios, mas em muitos casos estes não puderam dizer seus argumentos ante os júris.

Já o promotor principal do caso, Timothy Reardon III, em sua primeira apresentação sentou o rumo do processo. "Este é um caso essencialmente sobre mentiras", disse.

Em essa direção apontou a participação de Gina Garrett Jackson, advogada do Departamento de Segurança Nacional em Miami, quem contribuiu elementos ao júri, integrado por cinco homens e sete mulheres, sobre a solicitação de cidadania apresentada por Posada Carriles na Flórida, onde se lhe acusa de mentir.

Durante 11 semanas a promotoria apresentou dados e testemunhas que contribuíram elementos que indicam que Posada Carriles enganou em seu gerenciamento migratório, entre outros aspectos.

Este processo tem sua linha, pois se é aprovada a acusação contra Posada, este poderia ser processado por atos de terrorismo, algo que deveria fazer Washington para se ajustar à sua pretendida luta contra o flagelo.

Segundo o advogado José Pertierra, quem segue o caso desde seu início, ao réu o julgam por mentiroso, por temor a que fale.

"Posada Carriles é um homem da CIA, de Washington, foi enviado a Caracas por Washington, ele sabe onde estão os esqueletos no armário do Pentágono e da CIA, tem muito que contar", asseverou o jurista que representa a Venezuela na demanda de extradição pela sabotagem a um avião da aviação civil Cubana de Aviación, em 1976, ação que provocou a morte dos 73 passageiros.

O caso que se ventila deve ter preocupados também a Santiago Álvarez, Osvaldo Mitat e José Pujols, parte da tripulação do Santrina, o barco que trouxe a Posada ilegalmente a Estados Unidos do México, porque segundo a promotoria podem ser sancionados severamente por violar as leis estadunidenses.

Durante as vistas, foi palpável que o governo de Estados Unidos mostrou saber que o acusado é responsável das bombas em Havana em 1997 e do assassinato do jovem turista italiano Fabio Dei Celmo.

A juíza Cardone, por sua vez, fez nestas semanas inumeráveis manobras e permitiu à defesa ir por sendas duvidosas, recorrer a ardis e todo tipo de artimanhas para que o acusado saia ileso.

Nesse sentido favoreceu que fosse ocultado aos júris um documento-chave que incrimina ao réu nos atentados terroristas contra instalações hoteleiras em Cuba em 1997 e onde se evidencia o financiamento da ação.

A evidência saiu a reluzir em declarações da testemunha Antonio (Tony) Jorge Álvarez, um comerciante estadunidense de origem cubana apresentado pelos promotores.

De acordo com o advogado Pertierra, quando o Departamento de Justiça ampliou as acusações contra o acusado em março de 2009, Álvarez se converteu em uma testemunha-chave.

A emenda de 2009 incluiu, pela primeira vez, cargos relacionados com as bombas que estouraram em Havana em 1997.

Álvarez foi o primeiro que denunciou a Posada Carriles ante o FBI, acusando-o de estar vinculado a esses ataques terroristas em Cuba.

Durante o interrogatório a Álvarez, o promotor Jerome Teresinski estabeleceu uma relação entre o acusado e a empresa WRB em Guatemala, da qual a testemunha era vice-presidente.

Conta a testemunha a solicitação da promotoria que o acusado visitava o escritório de WRB. Teresinski pediu a Álvarez que descrevesse seu escritório. "Tinha uma máquina de fax?", perguntou o promotor.

Nesse momento do processo, assegura Pertierra, brincou o advogado defensor, Arturo Hernández. Interrompeu o depoimento e pediu-lhe à juíza que despedisse ao júri para poder ventilar, sem que os integrantes se inteirem, do tema de um documento recebido em a máquina de fax em o escritório de Tony Álvarez em 1997.

Agrega que ainda que o promotor se opôs, a juíza lhe concedeu o pedido ao advogado de defesa.

O documento que chegou ao escritório de Tony Álvarez em Guatemala consiste em duas páginas escritas a mão, em letra de molde.

Está datado para 25 de agosto de 1997, somente 10 dias antes de que explodissem quatro bombas em Havana uma das quais tirou a vida do turista Fabio Dei Celmo.

Assinala Pertierra que o fax lhe avisa a José e Pepe que receberão por Western Union quatro envios de 800 dólares a cada um.

Os nomes dos recipientes do dinheiro, agrega, concordam com os giros monetários enviados de Nova Camisola, sobre os quais testemunharam o agente do FBI Omar Vega e o contador Oscar de Rojas previamente em El Paso.

Segundo o artigo, o fax termina dizendo "como eu te expliquei, se não há publicidade o trabalho não é útil, os jornais americanos não publicam nada que não tenha sido confirmado. Preciso todos os dados da discoteca para tratar de confirmar. Se não há publicidade não há pagamento".

O fax, precisa, está assinado por Solo, um dos nomes usados pelo terrorista Posada Carriles para encobrir sua identidade.

Sublinha que "o documento é o laço entre os giros monetários de Nova Camisola, a corrente de bombas em Havana e Luis Posada Carriles".

De acordo com uma entrevista que lhe concedeu à jornalista Anne Louise Bardach do New York Times, o réu reconheceu ter escrito o documento.

Por isso, acentua Pertierra, é uma evidência importantíssima para a promotoria.

Em ausência dos membros do júri, Tony Álvarez manifestou sua preocupação de então pelo fax.

Contou, ademais, que sua ansiedade se devia tanto ao fax como ao fato de que sua secretária lhe tinha alertado que Pepe Álvarez e José Burgos, os outros empregados da empresa, se reuniam com Posada Carriles nos escritórios de WRB e que ela os tinha visto com "canos de plástico e calculadoras "materiais para construir explosivos".

A testemunha declarou que tinha visto um pacote em seu escritório, marcado com o rótulo "indústria militar mexicana, C-4, explosivos perigosos" e precisou que por isso o fax lhe tinha chamado muito a atenção.

Pertierra qualifica esta parte do processo como "A Batalha do fax" e destaca que o advogado defensor se opôs vigorosamente a que o júri pudesse ser inteirado do conteúdo.

Sustenta ademais, que o promotor Teresinski respondeu que as regras de evidência federal permitem que o júri considere a validade do fax assinado por Solo.

"As declarações de um acusado são admissíveis em corte e não são rumores", disse.

No entanto, para Cardone "o documento não tem suficientes características para o receber como evidência".

Com essas sucintas palavras, recusou uma das peças-chaves do quebra-cabeças do caso.

Pertierra opina que se em El Paso ao réu o encontram culpado de mentir sobre sua relação com os que puseram as bombas em Havana, a justiça estadunidense estaria obrigada a processá-lo por ser o autor intelectual de ditos crimes.

Não obstante, isto é difícil quando se quer que os 12 membros do júri não acedam a evidências-chaves e se obriga às testemunhas a ignorar partes importantes de seus argumentos acusatórios.

É melhor um processo com testemunhas mudos e júris surdos, comentou Pertierra.

Fonte: Patria Latina- online


domingo, 3 de abril de 2011

Lutadores brasileiros, Presente!

Semana para relembrar NOSSOS MORTOS!

Na semana em que um dos representantes da burguesia nacional faleceu, com ampla repercussão na mídia oficial, esqueceram deliberadamente de divulgar que no dia 31 de março de 1964 aconteceu o Golpe Militar, que levou a morte diversos lutadores e lutadoras, estudantes, camponeses, sindicalistas, jornalistas, políticos, religiosos , homens e mulheres que deram suas vidas por uma sociedade justa, que infelizmente não viram e não estamos vendo ser efetivada!

Para que a memória nunca nos falhe, relembremos nossos ainda sempre camaradas.

Abelardo Rausch Alcântara
Abílio Clemente Filho
Aderval Alves Coqueiro
Adriano Fonseca Filho
Afonso Henrique Martins Saldanha
Albertino José de Oliveira
Alberto Aleixo
Alceri Maria Gomes da Silva
Aldo de Sá Brito Souza Neto
Alex de Paula Xavier Pereira
Alexander José Ibsen Voeroes
Alexandre Vannucchi Leme
Alfeu de Alcântara Monteiro
Almir Custódio de Lima
Aluísio Palhano Pedreira Ferreira
Amaro Luíz de Carvalho
Ana Maria Nacinovic Corrêa
Ana Rosa Kucinski Silva
Anatália de Souza Melo Alves
André Grabois
Ângelo Arroyo
Ângelo Cardoso da Silva
Ângelo Pezzuti da Silva
Antogildo Pacoal Vianna
Antônio Alfredo de Lima
Antônio Benetazzo
Antônio Carlos Bicalho Lana
Antônio Carlos Monteiro Teixeira
Antônio Carlos Nogueira Cabral
Antônio Carlos Silveira Alves
Antônio de Pádua Costa
Antônio dos Três Reis Oliveira
Antônio Ferreira Pinto (Alfaiate)
Antônio Guilherme Ribeiro Ribas
Antônio Henrique Pereira Neto (Padre Henrique)
Antônio Joaquim Machado
Antonio Marcos Pinto de Oliveira
Antônio Raymundo Lucena
Antônio Sérgio de Mattos
Antônio Teodoro de Castro
Ari da Rocha Miranda
Ari de Oliveira Mendes Cunha
Arildo Valadão
Armando Teixeira Frutuoso
Arnaldo Cardoso Rocha
Arno Preis
Ary Abreu Lima da Rosa
Augusto Soares da Cunha
Áurea Eliza Pereira Valadão
Aurora Maria Nascimento Furtado
Avelmar Moreira de Barros
Aylton Adalberto Mortati
Benedito Gonçalves
Benedito Pereira Serra
Bergson Gurjão Farias
Bernardino Saraiva
Boanerges de Souza Massa
Caiuby Alve s de Castro
Carlos Alberto Soares de Freitas
Carlos Eduardo Pires Fleury
Carlos Lamarca
Carlos Marighella
Carlos Nicolau Danielli
Carlos Roberto Zanirato
Carlos Schirmer
Carmem Jacomini
Cassimiro Luiz de Freitas
Catarina Abi-Eçab
Célio Augusto Guedes
Celso Gilberto de Oliveira
Chael Charles Schreier
Cilon da Cunha Brun
Ciro Flávio Salasar Oliveira
Cloves Dias Amorim
Custódio Saraiva Neto
Daniel José de Carvalho
Daniel Ribeiro Callado
David Capistrano da Costa
David de Souza Meira
Dênis Casemiro
Dermeval da Silva Pereira
Devanir José de Carvalho
Dilermano Melo Nascimento
Dimas Antônio Casemiro
Dinaelza Soares Santana Coqueiro
Dinalva Oliveira Teixeira
Divino Ferreira de Souza
Divo Fernandes de Oliveira
Djalma Carvalho Maranhão
Dorival Ferreira
Durvalino de Souza
Edgard Aquino Duarte
Edmur Péricles Camargo
Edson Luis de Lima Souto
Edson Neves Quaresma
Edu Barreto Leite
Eduardo Antônio da Fonseca
Eduardo Collen Leite (Bacuri)
Eduardo Collier Filho
Eiraldo Palha Freire
Elmo Corrêa
Elson Costa
Elvaristo Alves da Silva
Emanuel Bezerra dos Santos
Enrique Ernesto Ruggia
Epaminondas Gomes de Oliveira
Eremias Delizoicov
Eudaldo Gomes da Silva
Evaldo Luiz Ferreira de Souza
Ezequias Bezerra da Rocha
Félix Escobar Sobrinho
Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira
Fernando Augusto Valente da Fonseca
Fernando Borges de Paula Ferreira
Fernando da Silva Lembo
Flávio Carvalho Molina
Francisco das Chagas Pereira
Francisco Emanoel Penteado
Francisco José de Oliveira
Francisco Manoel Chaves
Francisco Seiko OkamaFrancisco Tenório Júnior
Frederico Eduardo Mayr
Gastone Lúcia Carvalho Beltrão
Gelson Reicher
Geraldo Magela Torres Fernandes da Costa
Gerosina Silva Pereira
Gerson Theodoro de Oliveira
Getúlio de Oliveira Cabral
Gilberto Olímpio Maria
Gildo Macedo Lacerda
Grenaldo de Jesus da Silva
Guido Leão
Guilherme Gomes Lund
Hamilton Fernando da Cunha

Helber José Gomes Goulart
Hélcio Pereira Fortes
Helenira Rezende de Souza Nazareth
Heleny Telles Ferreira Guariba
Hélio Luiz Navarro de Magalhães
Henrique Cintra Ferreira de Ornellas
Higino João Pio
Hiran de Lima Pereira
Hiroaki Torigoe
Honestino Monteiro Guimarães
Iara Iavelberg
Idalísio Soares Aranha Filho
Ieda Santos Delgado
Íris Amaral
Ishiro Nagami
Ísis Dias de Oliveira
Ismael Silva de Jesus
Israel Tavares Roque
Issami Nakamura Okano
Itair José Veloso
Iuri Xavier Pereira
Ivan Mota Dias
Ivan Rocha Aguiar
Jaime Petit da Silva
James Allen da Luz
Jana Moroni Barroso
Jane Van ini
Jarbas Pereira Marques
Jayme Amorim Miranda
Jeová Assis Gomes
João Alfredo Dias
João Antônio Abi-Eçab
João Barcellos Martins
João Batista Franco Drummond
João Batista Rita
João Bosco Penido Burnier (Padre)
João Carlos Cavalcanti Reis
João Carlos Haas Sobrinho
João Domingues da Silva
João Gualberto Calatroni
João Leonardo da Silva Rocha
João Lucas Alves
João Massena Melo
João Mendes Araújo
João Roberto Borges de Souza
Joaquim Alencar de Seixas
Joaquim Câmara Ferreira
Joaquim Pires Cerveira
Joaquinzão
Joel José de Carvalho
Joel Vasconcelos Santos
Joelson Crispim
Jonas José Albuquerque Barros
Jorge Alberto Basso
Jorge Aprígio de Paula
Jorge Leal Gonçalves Pereira
Jorge Oscar Adur (Padre)
José Bartolomeu Rodrigues de Souza
José Campos Barreto
José Carlos Novaes da Mata Machado
José de Oliveira
José de Souza
José Ferreira de Almeida
José Gomes Teixeira
José Guimarães
José Huberto Bronca
José Idésio Brianezi
José Inocêncio Pereira
José Júlio de Araújo
José Lavechia
José Lima Piauhy Dourado
José Manoel da Silva
José Maria Ferreira Araújo
José Maurílio Patrício
José Maximino de Andrade Netto
José Mendes de Sá Roriz
José Milton Barbosa
José Montenegro de Lima
José Porfírio de Souza
José Raimundo da Costa
José Roberto Arantes de Almeida
José Roberto Spiegner
José Roman
José Sabino
José Silton Pinheiro
José Soares dos Santos
José Toledo de Oliveira
José Wilson Lessa Sabag
Juarez Guimarães de Brito
Juarez Rodrigues Coelho
Kleber Lemos da Silva
Labib Elias Abduch
Lauriberto José Reyes
Líbero Giancarlo Castiglia
Lígia Maria Salgado Nóbrega
Lincoln Bicalho Roque
Lincoln Cordeiro Oest
Lourdes Maria Wanderley Pontes
Lourenço Camelo de Mesquita
Lourival de Moura Paulino
Lúcia Maria de Souza
Lucimar Brandão
Lúcio Petit da Silva
Luís Alberto Andrade de Sá e Benevides
Luís Almeida Araújo
Luís Antônio Santa Bárbara
Luís Inácio Maranhão Filho
Luis Paulo da Cruz Nunes
Luiz Affonso Miranda da Costa Rodrigues
Luiz Carlos Almeida
Luiz Eduardo da Rocha Merlino
Luiz Eurico Tejera Lisbôa
Luiz Fogaça Balboni
Luiz Gonzaga dos Santos
Luíz Guilhardini
Luiz Hirata
Luiz José da Cunha
Luiz Renato do Lago Faria
Luiz Renato Pires de Almeida
Luiz Renê Silveira e Silva
Luiz Vieira
Luíza Augusta Garlippe
Lyda Monteiro da Silva
Manoel Aleixo da Silva
Manoel Fiel Filho
Manoel José Mendes Nunes de Abreu
Manoel Lisboa de Moura
Manoel Raimundo Soares
Manoel Rodrigues Ferreira
Manuel Alves de Oliveira
Manuel José Nurchis
Márcio Beck Machado
Marco Antônio Brás de Carvalho
Marco Antônio da Silva Lima
Marco Antônio Dias Batista
Marcos José de Lima
Marcos Nonato Fonseca
Margarida Maria Alves
Maria Ângela Ribeiro
Maria Augusta Thomaz
Maria Auxiliadora Lara Barcelos
Maria Célia Corrêa
Maria Lúcia Petit da Silva
Maria Regina Lobo Leite de Figueiredo
Maria Regina Marcondes Pinto
Mariano Joaquim da Silva
Marilena Villas Boas
Mário Alves de Souza Vieira
Mário de Souza Prata
Maurício Grabois
Maurício Guilherme da Silveira
Merival Araújo
Miguel Pereira dos Santos
Milton Soares de Castro
Míriam Lopes Verbena
Neide Alves dos Santos
Nelson de Souza Kohl
Nelson José de Almeida
Nelson Lima Piauhy Dourado
Nestor Veras
Newton Eduardo de Oliveira
Nilda Carvalho Cunha
Nilton Rosa da Silva (Bonito)
Norberto Armando Habeger
Norberto Nehring
Odijas Carvalho de Souza
Olavo Hansen
Onofre Pinto
Orlando da Silva Rosa Bonfim Júnior
Orlando Momente
Ornalino Cândido da Silva
Orocílio Martins Gonçalves
Osvaldo Orlando da Costa
Otávio Soares da Cunha
Otoniel Campo Barreto
Pauline Reichs tul
Paulo César Botelho Massa
Paulo Costa Ribeiro Bastos
Paulo de Tarso Celestino da Silva
Paulo Mendes Rodrigues
Paulo Roberto Pereira Marques
Paulo Stuart Wright
Pedro Alexandrino de Oliveira Filho
Pedro Carretel
Pedro Domiense de Oliveira
Pedro Inácio de Araújo
Pedro Jerônimo de Souza
Pedro Ventura Felipe de Araújo Pomar
Péricles Gusmão Régis
Raimundo Eduardo da Silva
Raimundo Ferreira Lima
Raimundo Gonçalves Figueiredo
Raimundo Nonato Paz
Ramires Maranhão do Vale
Ranúsia Alves Rodrigues
Raul Amaro Nin Ferreira
Reinaldo Silveira Pimenta
Roberto Cieto
Roberto Macarini
Roberto Rascardo Rodrigues
Rodolfo de Carvalho Troiano
Ronaldo Mouth Queiroz
Ros alindo Souza
Rubens Beirodt Paiva
Rui Osvaldo Aguiar Pftzenreuter
Ruy Carlos Vieira Berbert
Ruy Frazão Soares
Santo Dias da Silva
Sebastião Gomes da Silva
Sérgio Correia
Sérgio Landulfo Furtado
Severino Elias de Melo
Severino Viana Colon
Sidney Fix Marques dos Santos
Silvano Soares dos Santos
Soledad Barret Viedma
Sônia Maria Lopes de Moraes Angel Jones
Stuart Edgar Angel Jones
Suely Yumiko Kanayama
Telma Regina Cordeiro Corrêa
Therezin ha Viana de Assis
Thomaz Antônio da Silva Meirelles Neto
Tito de Alencar Lima (Frei Tito)
Tobias Pereira Júnior
Túlio Roberto Cardoso Quintiliano
Uirassu de Assis Batista
Umberto Albuquerque Câmara Neto
Valdir Sales Saboya
Vandick Reidner Pereira Coqueiro
Victor Carlos Ramos
Virgílio Gomes da Silva
Vítor Luíz Papandreu
Vitorino Alves Moitinho
Vladimir Herzog
Walkíria Afonso Costa
Walter de Souza Ribeiro
Walter Kenneth Nelson Fleury
Walter Ribeiro Novaes
Wânio José de Mattos
Wilson Silva
Wilson Souza Pinheiro
Wilton Ferreira
Yoshitane Fujimori
Zuleika Angel Jones

Todos os nossos lutadores e lutadoras! Presente!

Saudações,

Givanildo Manoel e Leon Cunha,

militantes pelos direitos humanos.


Pequenos colombianos, vitimas

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